Horário de verão: governo analisa novos estudos e pode fazer anúncio nesta quarta

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Horário de verão 2024

Membros do governo informaram ao g1 que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deverá divulgar novas análises sobre as condições de fornecimento de energia para os consumidores, além de possíveis alterações no panorama hidrológico.

No final de setembro, o ONS tinha revelado um estudo que apontava a necessidade, sob o aspecto energético, de implementar o horário de verão neste ano.

No dia 8 deste mês, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o retorno do horário de verão só ocorrerá em 2024 caso seja "absolutamente necessário".

Economia De R$ 400 Milhões Em Recursos

O presidente Lula irá tomar uma decisão a respeito da reimplementação do horário de verão.

????De acordo com uma pesquisa realizada pelo ONS, a implementação do horário de verão em 2024 pode resultar em uma economia de R$ 400 milhões. Caso a medida seja adotada a partir de 2026, a economia anual pode alcançar R$ 1,8 bilhão.

Isso ocorre porque a antecipação dos horários pode otimizar o uso das fontes de energia solar e eólica, além de diminuir a demanda máxima em até 2,9%.

Desde que foi implementado, tornando-se anual a partir de 1985, o horário de verão busca incentivar a economia no uso de energia, já que as pessoas dispõem de mais horas de luz do dia.

Entretanto, devido à transformação no comportamento social, a ação começou a perder sua eficácia. Foi então que, em 2019, o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu interromper a prática de adiantar os relógios.

O horário de verão retorna em 2024 não por sua eficiência em economizar energia, mas como uma maneira de maximizar o uso da energia solar, diminuindo a necessidade de ativar as usinas termelétricas, que são mais onerosas e poluentes.

Isso ocorre porque as usinas de energia eólica e solar dependem da disponibilidade de vento e luz solar, que não são constantes, para produzir eletricidade.

As usinas de energia eólica produzem mais eletricidade nas horas da madrugada e pela manhã, enquanto as usinas solares têm sua produção durante o dia. Ao ajustar os horários dos relógios, os hábitos de consumo também se alteram, permitindo que se alinhem melhor com os períodos de maior geração dessas duas fontes, que são também mais econômicas em comparação com as usinas térmicas.

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