O presidente dos EUA, Joe Biden, tropeçou e caiu nesta quinta-feira (1º) durante uma cerimônia de entrega de diplomas a formandos da Academia da Força Aérea americana no estado do Colorado.
Oficiais e seguranças logo o ajudaram a se levantar, mas o episódio levantou preocupação pela idade do presidente que, aos 80 anos, é o homem mais velho a liderar os Estados Unidos.
No Twitter o diretor de Comunicações da Casa Branca, Ben LaBolt, disse que Biden está bem e que teria tropeçado em um saco preto colocado no palco. O próprio presidente aponta para o objeto logo após se levantar, mostra uma gravação do momento.
A idade do democrata, fator que já denotava atenção e era usado pela oposição para desacreditá-lo, voltou ao centro do debate quando ele confirmou que concorrerá às eleições para a Casa Branca em 2024.
O presidente mais velho da história dos EUA deixaria o posto com 86 anos caso reeleito. O fator chama a atenção não apenas para Biden como também para sua vice, Kamala Harris, que também integra a chapa à reeleição. Caso ele tenha que deixar o cargo em possível segundo mandato, Kamala assumiria.
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Desde a campanha de 2020, republicanos puxados por Donald Trump caracterizam Biden como senil e confuso, ou seja, inapto ao cargo, descrições apontadas por muitos como tendo pano de fundo etarista.
Mesmo Trump, afinal, não está tão distante do líder da Casa Branca. Hoje com 76 anos, o republicano que busca ser escolhido representante de seu partido para disputar a corrida eleitoral terá 77 na época da votação.
Segundo a rede BBC, Biden ficou de pé por cerca de uma hora e 30 minutos nesta quinta-feira para entregar diplomas e cumprimentar ao menos 921 oficiais formados na Academia da Força Aérea.
Em fevereiro, após uma bateria de exames, médicos voltaram a declarar Biden saudável e plenamente apto para o trabalho e salientaram que o presidente não bebe álcool e não fuma, descartando fatores que poderiam deteriorar sua saúde. Também afirmaram que o democrata pratica exercícios físicos ao menos cinco vezes por semana.
Durante discurso no evento dessa quinta, Biden mencionou os pontos-chave da política externa americana: China e Guerra da Ucrânia. O democrata disse que os formandos da Força Aérea vão começar a servir seu país "em um mundo cada vez mais instável".
O presidente concentrou sua fala na Otan, a aliança militar ocidental que Washington lidera. Ele reforçou que a Suécia, que tenta ingressar na aliança rompendo décadas de neutralidade, será aceita em breve. "Isso vai acontecer, prometo a vocês", declarou o americano.
O país nórdico pediu para ingressar na aliança no ano passado, mas vê na Turquia do recém-reeleito Recep Tayyip Erdogan o principal entrave —Ancara cobra do governo sueco mais medidas contra grupos considerados terroristas para tirar a adesão do país à Otan da geladeira.
Biden afirmou ter falado com Erdogan sobre o assunto novamente na última segunda-feira (29), um dia após a reeleição do turco no pleito acirrado de sua carreira política. A Casa Branca negou que Washington tente o aval turco em troca da liberação de caças F-16, um antigo desejo de Ancara.
A expectativa inicial era de que a Suécia pudesse integrar a Otan até o mês de julho, quando há uma cúpula de líderes da aliança na Lituânia —ocasião que marca a entrada da também nórdica Finlândia, já aprovada por todos os países-membros da aliança militar.