Gustavinho abre o jogo sobre a saída da seleção brasileira: 'Inviabilizaram o trabalho'
A afirmação sobre "burlarem e pressionarem outras alternativas" contradiz o que foi divulgado na época da saída do funcionário. Em uma reportagem veiculada no UOL, mencionava-se que o possível motivo da demissão foi a recusa de De Conti em dispensar seu assistente técnico, Vitor Galvani. Essa situação se alinha às reclamações do treinador.
"Essas questões que eles impuseram dificultaram meu trabalho e prejudicaram a seleção brasileira como um todo. Portanto, não se tratou apenas de um problema pessoal que me atingiu", lamenta De Conti.
O tempo, como é habitual, parece cicatrizar as feridas, e Gustavinho prefere não se ater a dor ou injustiças. "Não sinto rancor e não me vejo como vítima. É verdade que fica aquela sensação de que poderíamos ter feito um pouco mais pela seleção, que as coisas poderiam ter tomado um rumo diferente. Mas, de qualquer forma, creio que isso já pertence ao passado. No fim das contas, foi algo positivo, tanto para o Flamengo quanto para a própria Seleção, que conseguiu garantir uma vaga nas Olimpíadas. A vida continua", declara ele.
A Jornada De Gustavinho Na Seleção Brasileira
A decisão da Confederação Brasileira de Basquete ao escolher Gustavo De Conti como treinador da seleção nacional sinalizava uma nova era para o basquete no Brasil. Após uma temporada brilhante com o Flamengo em 2020/2021, na qual conquistou a Champions League das Américas, o NBB, a Copa Super 8 e o Campeonato Carioca, Gustavinho chegou com grande prestígio para o cargo de técnico da equipe brasileira. Sua nomeação, por si só, já representava um marco histórico, uma vez que ele se tornava o primeiro treinador brasileiro a liderar a Seleção em 14 anos.
Contudo, os dois anos e meio que ele comandou a seleção foram conturbados. Tudo começou com o vice-campeonato na Copa América de 2022, realizada em Recife. A derrota na final diante da Argentina, por 75 a 73, ofuscou a boa trajetória que o Brasil havia tido ao longo do torneio.