John Textor, manipulação, Leila Pereira e a imprensa do 7 a 1
Mídia Desacredita Mensageiro E Flerta Com Autoritarismo Da Presidente Do Palmeiras
Em 23 de abril de 2024, às 08h31.
A imagem capturada por Roque de Sá, da Agência Senado, mostra que o depoimento de Textor foi impactante aos membros do Senado, contendo informações substanciais que demandariam uma investigação mais aprofundada.
Apesar das tentativas de dissuadir a verdade, a manipulação de resultados é um fato da realidade brasileira. Em 2023, a Operação Penalidade Máxima condenou árbitros, jogadores e dirigentes, mostrando a possibilidade de fatalidade no futebol nacional. É nesta situação de obscuridade que John Textor, maior acionista da SAF do Botafogo, compareceu à CPI das Apostas Esportivas no Senado na última segunda-feira (22). A presença do empresário norte-americano na comissão acabou convencendo os parlamentares sobre a indispensabilidade de uma investigação mais profunda do assunto. É um ponto de partida para desvendarmos todas as verdades envolvidas. Porém, ainda há muito que precisa ser elucidado na história.
O autor do texto reitera algo que é muito evidente: a corrupção está profundamente arraigada no cenário do futebol brasileiro. E, claro, ele não coloca a culpa no Palmeiras, apesar de sugerir que o clube tenha sido favorecido em certas circunstâncias, conforme revelado em sua declaração. No ano passado, o zagueiro Bauermann, que atualmente joga na Série A, esteve envolvido com apostadores, mas isso não significa que o Santos tenha sido responsável por isso. O Palmeiras é o atual campeão do Brasil, enquanto o Botafogo ficou em quinto lugar. Isso é algo que vai além da rivalidade entre diferentes clubes. É um alerta preocupante.
Apesar de ser um líder teatral e ter algumas ações questionáveis, John Textor acertou ao não se envolver na polêmica criada pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol) recentemente e decidir compartilhar o relatório com entidades relevantes e com capacidade de tomar decisões na esfera judiciária: Senado, Polícia Civil e Ministério Público.
Mídia Condena Americano à Execução
Sem sequer examinar o conteúdo dos papéis, a imprensa do 7x1 - ao invés de agir com responsabilidade e esperar pelos desdobramentos do caso - precipitou-se em ridicularizar a informação fornecida por John Textor, ultrapassando as autoridades competentes e condenando o estrangeiro de maneira célere. Voltamos à era medieval em plena era digital e à reivindicação por uma justiça mais equânime. Com exceção de poucos jornalistas mais ponderados, os grandes meios de comunicação foram os primeiros a atacar o autor da informação.
Textor, um empreendedor de sucesso e premiado por sua contribuição na área de Tecnologia, é um especialista em Inteligência Artificial. No entanto, muitas pessoas ignorantes o enxergam como um líder excêntrico que busca atenção. A mídia, por sua vez, tende a exagerar na cobertura desse assunto sensível e acaba dando espaço para vozes como a de Leila Pereira, que expressam opiniões populares e ganham repercussão nas redes sociais.
No passado, o editor húngaro Joseph Pulitzer (1847-1911), que tem seu nome associado ao prêmio mais relevante da carreira jornalística, advertiu que uma mídia desconfiada, gananciosa, populista e corrupta criaria uma audiência tão desprezível quanto ela.
A mídia brasileira está diretamente envolvida na crise enfrentada pelo país, a qual não exclui a queda de qualidade do futebol nacional.
Leila é Autoritária E Usa Bajulação Para Censurar Textor
A líder do Palmeiras, Leila Pereira, é proprietária de um banco de crédito que cobra altas taxas de juros daqueles que estão enfrentando dificuldades financeiras, o que evidencia a falta de seriedade em nosso país. A empresária agora deseja censurar John Textor e é sua esperança que o chefe do time rival seja proibido de trabalhar no futebol brasileiro. Em outras palavras, ela quer que ele seja expulso da Terra Papagalli. Sempre que ela fala, a dona da Crefisa demonstra sua desconsideração pelo dirigente estrangeiro de maneira rude, como se estivesse regurgitando abelhas africanas.
Apesar disso, Leila se ocultou atrás de uma sebe quando João Martins, assistente do técnico Abel Ferreira, afirmou sem dúvida alguma que o sistema estava funcionando para impedir que o Palmeiras conquistasse o título brasileiro de 2023. Não manifestou nenhum protesto quando outro dirigente acusou a arbitragem de se envolver com "máfias" e "falsificação de resultados". Por que não reagiu com indignação, já que ela acredita que o futebol brasileiro é o último bastião da moralidade no planeta?
A líder do Palmeiras é bastante astuta e experiente. Ao mesmo tempo em que circula nos mais altos cargos de poder na CBF e dança com o presidente Ednaldo Rodrigues, Leila cativa a simpatia da mídia com seu discurso de empoderamento identitário. Esta estratégia progressista é planejada cuidadosamente. Ela sabe exatamente como agradar aos outros e agora exerce uma grande influência sobre a cobertura esportiva.
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