Nem Velozes e Furiosos, nem Jumanji: Este é talvez o melhor filme de Dwayne Johnson e quase ninguém conhece

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Jumanji

Desde o início do novo milênio, The Rock alcançou a posição de um dos maiores astros de filmes de ação. Até mesmo seu melhor filme segue uma narrativa direta, mesmo que não apresente cenas de ação tradicionais.

Jumanji - Figure 1
Foto AdoroCinema

Poucos poderiam ter imaginado, nos primeiros anos do século XXI, que Dwayne Johnson, conhecido como superastro do WWE, se tornaria rapidamente um dos maiores nomes de Hollywood - suas performances em filmes como O Escorpião Rei e O Retorno da Múmia não indicavam essa trajetória. Hoje, o nome de Johnson é uma referência em termos de ação e de bilheteria, seja em Velozes e Furiosos, Jumanji: Bem-vindo à Selva ou Adão Negro.

O filme Lutando Pela Família, que é considerado um dos melhores de Johnson, é um projeto mais pessoal e pouco conhecido. O ator não apenas produziu o longa sozinho por meio de sua produtora Seven Bucks Productions, como também se encontra presente no elenco, interpretando a si mesmo e dando valiosos conselhos à protagonista, Paige (Florence Pugh) durante sua jornada de ascensão no wrestling. Apesar de sua maior visibilidade ocorrer por meio da Apple TV, ele permanece como uma obra-prima para os fãs de Johnson.

Em certo sentido, Dwayne Johnson regressa às suas origens no wrestling com Fighting with My Family. Esta cinebiografia é, portanto, um projeto verdadeiramente apaixonado. E é precisamente isso - a paixão - que é o elemento mais crucial do filme, sinalizando que não há necessidade de grandes cenas de ação ou de Dwayne Johnson como protagonista.

A Netflix disponibilizou um filme de aventura altamente agradável: ele revitalizou uma saga inerte, transformando-a em uma franquia que arrecadou 1 bilhão de dólares.

Drama E Comédia Se Encontram Em Lutando Pela Família

Com seu novo longa-metragem, o renomado cineasta Stephen Merchant (conhecido por trabalhos em The Office e The Office UK) segue a trilha de outros grandes filmes do gênero, como o icônico e popular Rocky, estrelado por Sylvester Stallone. Neste filme, a talentosa Saraya Jade Bevis, também conhecida pelo seu nome de lutadora Paige, entra no ringue como uma estranha, porém altamente habilidosa combatente. Seu objetivo é mostrar para o mundo - e, acima de tudo, para si mesma -, que ela tem todas as ferramentas necessárias para competir na WWE, uma das maiores e mais prestigiosas organizações de luta livre do planeta. Lutando Pela Família retrata com perfeição a jornada épica que Paige percorreu para chegar ao topo, construída sobre uma infinidade de desafios e obstáculos quase intransponíveis.

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Foto AdoroCinema

Desde a primeira cena, percebe-se que este filme não é um drama triste, mas sim uma grande diversão. Trata-se da história de uma família disfuncional, que é ao mesmo tempo tão imperfeita e adorável, que é impossível não encará-los seriamente. Por exemplo, quando o pai (Nick Frost, conhecido por seu papel em Todo Mundo Quase Morto) intromete-se na briga dos filhos para explicar-lhes, com raiva, como funciona um estrangulamento real, e a mãe (que estrelou Game Of Thrones, Lena Headey) junta-se a eles para aumentar o entusiasmo pela luta livre, comparando-a aos efeitos da cocaína, heroína e crack, mesmo que nunca tenha usado essas substâncias juntas antes, de repente você percebe: não há nada de errado com essa família. E ainda assim, de alguma forma, há algo de errado.

Após um grande intervalo de tempo, finalmente presenciamos que os dois descendentes se tornaram combatentes esperançosos e estão próximo a iniciar uma trajetória profissional. Entretanto, enquanto o desejo de Zak desde a infância acaba abruptamente, Saraya tem a oportunidade de ouro.

Uma situação desafiadora que, apesar de divertida, gera um drama familiar genuíno que te incomoda. Isso se deve ao cenário, aos personagens e à sua vida emocional, que são tão facilmente compreendidos em todos os momentos que você poderia fazer parte deste grupo peculiar. Os pais que projetam seus desejos em seus filhos, irmãos que roubam seus sonhos e a coragem de controlar suas próprias vidas - tudo isso faz de Lutando Pela Família um turbilhão de sentimentos.

A razão pela qual você ainda se sente como se tivesse sido abraçado por 100 minutos ao final do filme é porque a montanha-russa sobe e desce com a mesma frequência. Não é somente a engraçada família da Saraya Knight que garantem a risada, mas também a atuação de Vince Vaughn (Penetras Bons de Bico), que interpreta o instrutor de Saraya de forma muito semelhante ao Sargento Hartman em Nascido para Matar. Ele se diverte enquanto fala com seus "recrutas", fazendo comentários que são extremamente engraçados, apesar de serem igualmente desagradáveis. Além disso, a história supostamente romântica da família Knight é única, com sua prisão e vício sendo narrados de uma maneira peculiar no primeiro encontro da filha com seus sogros conservadores.

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Foto AdoroCinema

Sem dúvida, a estrela principal do filme é Florence Pugh. A atriz de 28 anos desponta como uma das maiores promessas do momento, mostrando uma versatilidade incrível em diversos gêneros cinematográficos. Ela brilhou recentemente em filmes como o terror de culto "Midsommar - O Mal Não Espera a Noite", o drama histórico "Adoráveis Mulheres" e a produção de super-heróis da Marvel, "Viúva Negra". Já em "Lutando Pela Família", sua performance é notável pela dualidade de seu papel, sendo ao mesmo tempo uma personagem durona e destemida, que não tolera desaforos, e uma jovem vulnerável que precisa se desdobrar para proteger sua família, mesmo sem saber exatamente quem ela é. Além disso, Florence Pugh mostra um desempenho físico extremamente forte, que pode ter sido um dos motivos por trás de seu sucesso e presença na lista de desejos da Marvel.

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A mescla de drama descontraído e radiante em "Defendendo a Família" configura uma obra sobre a transição para a vida adulta, permeada por doses generosas de sensibilidade. Não trata-se de uma pancada no peito ou de uma comédia entediante e arrastada - ao contrário, há equilíbrio saudável entre intensidade emocional e momentos bem-humorados.

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