Rússia lança contra-ataque na região de Kursk após invasão da Ucrânia, diz Zelensky | CNN Brasil

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Kursk russia

De acordo com o presidente Volodymyr Zelensky, a Rússia iniciou um contra-ataque na área de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, após as forças ucranianas realizarem uma invasão inesperada no mês passado.

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Foto CNN Brasil

“O presidente da Ucrânia afirmou durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (12) que os russos iniciaram operações de contra-ofensiva. Essa foi a sua primeira declaração desde que surgiram informações sobre a Rússia respondendo em Kursk.”

A Ucrânia antecipava uma resposta da Rússia, e uma contra-ofensiva corresponde ao "plano ucraniano", refletiu Zelensky.

Zelensky destacou anteriormente que o ataque inesperado em Kursk marcou o começo de um “programa de sucesso” composto por quatro etapas.

O Ministério da Defesa da Rússia declarou nesta quinta-feira que suas forças progrediram na área de Kursk, tendo tomado o controle de dez localidades.

Um vídeo divulgado nas redes sociais e localizado pela CNN revelou um grupo de assalto mecanizado russo na localidade de Snagost, situada na parte oeste da área controlada pela Ucrânia.

Consequências Da Invasão Repentina

No dia 6 de agosto, tropas ucranianas realizaram uma incursão na região de Kursk, em uma ofensiva rápida que surpreendeu até os oficiais norte-americanos.

Esse foi o primeiro ataque de forças estrangeiras em território russo desde a Segunda Guerra Mundial, com milhares de soldados e equipamentos pesados cruzando a fronteira.

Além disso, esse gesto indicou que, mesmo com a superioridade da Rússia em relação ao número de soldados e veículos blindados, suas forças armadas apresentam fraquezas.

O ataque levou a Rússia a intensificar suas medidas de defesa. Funcionários dos Estados Unidos relataram à CNN que Moscou precisou realocar milhares de soldados de áreas ocupadas na Ucrânia para enfrentar a nova ameaça.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, teve que mobilizar novos recrutas, o que significa um retrocesso em uma garantia que havia dado de não empregá-los nas frentes de batalha.

Na semana passada, Zelensky afirmou que a Ucrânia conquistou aproximadamente 100 localidades na região de Kursk, além de cerca de 1.300 quilômetros quadrados de área.

Um dos propósitos da operação era desviar as tropas russas da linha de frente oriental na Ucrânia, onde continuam a conquistar avanços significativos. Outro objetivo visível era elevar o ânimo do Exército ucraniano.

Peritos consultados pela CNN afirmaram que a audaciosa estratégia da Ucrânia, desenvolvida em completo sigilo, pegou até mesmo os aliados mais próximos de Kiev de surpresa e transformou o cenário de um conflito que já dura mais de dois anos.

Durante uma aparição pública em conjunto no domingo (8), Bill Burns, diretor da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, e Richard Moore, chefe do MI6, a agência de espionagem do Reino Unido, manifestaram seu apoio à invasão da região de Kursk pela Ucrânia.

Moore afirmou que isso alterou a história, enquanto Burns ressaltou que se tratou de uma importante vitória tática.

Radina Gigova, da CNN, participou da elaboração desta matéria.

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