Novo procedimento de Lula foi um 'sucesso' e presidente deve ter alta no início da semana que vem
O procedimento realizado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta quinta-feira (12) foi considerado "um sucesso". Ele está consciente e se encontra bem. Durante uma coletiva de imprensa, a equipe médica informou que Lula deve receber alta no início da próxima semana e que irá retomar suas atividades em Brasília gradualmente a partir de então.
Lula realizou uma embolização da artéria meníngea média, um procedimento que oferece máxima proteção contra recidivas de sangramentos na área cerebral. O neurologista Rogério Tuma esclareceu que a intervenção teve um caráter preventivo e reduz quase que completamente o risco de novos problemas.
"O risco diminui de forma acentuada com o passar dos dias. Assim, a cada novo dia, esse risco reduz significativamente. Após todo o tratamento, ele é inferior a 5%, esclareceu. O presidente permanece sob observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para um monitoramento constante até o final desta quinta-feira. Ele deve ser retirado dessa situação nas próximas 24 horas."
A intervenção é considerada de baixo risco e nem foi necessário fazê-la em uma sala de cirurgia – ocorreu em uma sala de cateterismo. Contudo, Lula não está liberado para receber visitas e continuará sob a companhia apenas da primeira-dama Janja da Silva e de familiares mais próximos.
De acordo com os médicos, o presidente não apresenta nenhuma lesão cerebral e se encontra em excelentes condições neurológicas. O neurocirurgião Marcos Stavale afirmou que a cirurgia realizada nesta quinta-feira previne integralmente a ocorrência de futuros problemas.
"Ele realizou esse procedimento para evitar futuros sangramentos. Interrompeu a circulação na área onde ocorreu o sangramento. Agora, está sob máxima proteção. A probabilidade de um novo sangramento é estatisticamente insignificante", garantiu.
A embolização foi realizada como um procedimento adicional à cirurgia de emergência a que Lula foi submetido na terça-feira (10), destinada a drenar um hematoma intracraniano. Esse hematoma foi provocado por um sangramento resultante de uma queda que o presidente sofreu no Palácio da Alvorada em outubro, o que levou a cinco pontos na cabeça.
Lula buscou ajuda médica ao sentir intensas dores de cabeça. Os exames de imagem diagnosticaram uma hemorragia intracraniana, o que tornou indispensável a realização de uma cirurgia de urgência. Ele foi então encaminhado para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde a operação foi conduzida com sucesso.
Lesões desse tipo são frequentes após acidentes, especialmente em indivíduos idosos. A equipe médica já havia planejado a realização de um procedimento endovascular devido à possibilidade de um novo sangramento. O presidente passou a noite de quarta para quinta-feira (11-12) sem problemas, participou de sessões de fisioterapia, andou e recebeu a visita de familiares. Ele ficou sob cuidados intensivos até ser liberado.