Lula cancela viagem à Rússia após acidente doméstico e participa de cúpula do Brics por videoconferência

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Texto revisado às 15h50.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um acidente em casa e decidiu cancelar a viagem para a Rússia, que estava marcada para este domingo (20). De acordo com informações do Palácio do Planalto, a suspensão foi motivada por uma recomendação médica, em razão de um impedimento temporário para realizar viagens de avião de longa duração.

De acordo com o relatório médico emitido pelo Hospital Sírio Libanês em Brasília, Lula foi admitido na instituição com um corte na parte de trás da cabeça, classificado como "ferida corto-contusa na região occipital".

O documento também menciona que o presidente continua sendo monitorado por uma equipe médica, sob a supervisão dos doutores Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

Na Rússia, Lula estava programado para comparecer pessoalmente à 16ª Cúpula do Brics, que ocorrerá em Kazan, de 22 a 24 de outubro. Entretanto, devido a um impedimento, o presidente participará do evento por meio de videoconferência, conforme anunciou o governo.

Após o cancelamento da viagem, o Kremlin foi indagado sobre uma possível conexão com a recusa de Putin em participar do G20 no Brasil, em novembro.

Em entrevista à agência russa Tass, o porta-voz Dmitry Peskov afirmou que "essa ideia não poderia nem ser considerada", rejeitando qualquer chance de conexão entre os dois eventos.

Primeira reunião com novos participantes.

Esta será a primeira cúpula do Brics contando com a presença do Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia, nações que se juntaram ao grupo neste ano.

Na cúpula em Kazan, os países integrantes do Brics irão apresentar uma declaração conjunta chamada Fortalecendo o Multilateralismo para um Desenvolvimento Global Justo e Seguro, fruto das negociações setoriais entre os Estados-membros. A crise no Oriente Médio também deverá ser abordada nas discussões.

De acordo com o Itamaraty, a introdução da categoria de países "parceiros" será o tema central nas discussões entre os líderes mundiais. "Na Cúpula de Joanesburgo, em 2023, novos membros plenos foram aceitos, e naquela ocasião, solicitou-se ao canal de Sherpas que desenvolvesse essa categoria de parceiros. O nosso trabalho neste semestre está voltado para definir os critérios para essa classificação, e esperamos que, uma vez aprovada essa modalidade, um anúncio possa ser feito sobre os países que seriam convidados a fazer parte dessa categoria", esclareceu o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário para a Ásia e Pacífico do Itamaraty, durante uma coletiva de imprensa no dia 14 de outubro.

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