Tabata Amaral publica vídeo relacionando Pablo Marçal ao crime organizado

26 dias voltar
Marçal

Na noite de quinta-feira (22), a postulante ao cargo de Prefeita de São Paulo pelo PSB-SP, Tabata Amaral, fez uma publicação em suas plataformas digitais. No vídeo, ela faz uma ligação entre o seu oponente Pablo Marçal (PRTB) e atividades criminosas, como o tráfico de entorpecentes.

No vídeo com duração aproximada de dois minutos, a parlamentar menciona a proximidade entre Marçal e o empresário Renato Cariani, que está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. "Renato Cariani é um grande amigo de Pablo Marçal. Ele está sendo processado por envolvimento com tráfico de entorpecentes e é suspeito de fornecer drogas para a facção criminosa conhecida como PCC", declara Amaral.

Segundo a corporação, Cariani teria desviado substâncias químicas para a fabricação de grandes quantidades de entorpecentes. "As apurações indicaram que o esquema envolvia a falsificação de documentos fiscais por empresas autorizadas a comercializar produtos químicos em São Paulo, utilizando pessoas que serviam de intermediários para receber pagamentos em dinheiro, fingindo ser empregados de grandes empresas multinacionais, que foram prejudicadas ao aparecerem como compradoras", comunicou a PF durante a Operação Hinsberg.

Depois disso, Tabata Amaral menciona o líder nacional do PRTB, Leonardo Alves de Araújo, também conhecido como Leonardo Avalanche. "O principal apoiador político de Marçal é Leonardo Avalanche, líder do partido dele... O indivíduo que escolheu Marçal para ser candidato. Avalanche foi pego em uma gravação admitindo que liberou André do Rap, um dos chefes do PCC."

André do Rap é considerado uma das figuras de destaque na organização criminosa. Desde o ano de 2020, encontra-se em fuga após ter sido libertado com base em uma determinação do ex-ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Sou responsável por libertar o André [do Rap], talvez a galera não vá te falar sobre isso. Esse é o meu papel, você entende? Da próxima vez, vamos colocar alguém acima dele. Essa é a rotina para mim (...) Faço um trabalho bastante discreto", declarou Avalanche em uma gravação divulgada pela Folha de S. Paulo.

Em seguida, a candidata do Partido Socialista Brasileiro (PSB) declara, em um vídeo postado em suas redes sociais, que "Avalanche também confessou ter laços com outro líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), conhecido como Piauí, que é irmão de Valquito, visto em Paraisópolis com Pablo Marçal", afirma Tabata Amaral ao exibir uma imagem de seu oponente abraçado com Valquito. De acordo com uma investigação do jornal, o Piauí seria Francisco Antonio Cesário da Silva, ex-líder do PCC na comunidade de Paraisópolis, localizada na Zona Sul de São Paulo.

Tabata Amaral também aborda a ligação entre Tarcísio Escobar de Almeida e Júlio César Pereira, que são alvo de investigação por suposto envolvimento com tráfico de drogas e uma organização criminosa, assim como a relação deles com o partido liderado por Pablo Marçal. Segundo a parlamentar, Escobar, que mantém proximidade com Marçal, está sendo investigado por supostamente realizar trocas de carros de luxo por cocaína, juntamente com seu sócio Júlio César Pereira, também conhecido como Gordão, e eles possuem vínculos com Francisco Chagas de Souza, apelidado de Coringa, que está detido por suspeita de ligação com o PCC.

De acordo com uma investigação realizada pelo Estadão, Escobar foi designado como presidente do diretório estadual do PRTB pelo próprio Avalanche em março deste ano. Ele teria ocupado o cargo por apenas três dias, devido à falta de título de eleitor, mas foi o bastante para se autointitular dirigente e realizar reuniões com aliados.

Escobar e Pereira foram acusados no ano passado. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, eles se valiam dos recursos provenientes da comercialização de carros de alto padrão para adquirir grandes quantidades de cocaína, que posteriormente era revendida a valores exorbitantes, contando com a colaboração de um membro de uma organização criminosa.

Ao concluir a publicação, Tabata Amaral destaca que "há uma ligação que une todos esses indivíduos" ao exibir uma imagem de Marçal. "Eu não permitirei que nossa cidade seja dominada por essas pessoas", encerra a candidata.

Durante discussões e conversas, tanto Marçal quanto Avalanche afirmam não ter qualquer ligação com o crime organizado.

Ler mais
Notícias semelhantes
Notícias mais populares dessa semana