TikTok é a primeira rede social a bloquear perfil de Pablo Marçal após decisão da Justiça - Rádio Pampa

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Marçal

Por determinação do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), a companhia TikTok suspendeu temporariamente o perfil do influenciador Pablo Marçal, postulante ao cargo de prefeito de São Paulo pelo partido PRTB. Sob administração da companhia chinesa ByteDance, a plataforma foi pioneira em acatar a decisão da Justiça Eleitoral, que também exigiu a suspensão das contas de Marçal no Instagram, YouTube, X (antigo Twitter), Discord, além de sua página oficial.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo tomou a decisão de suspender temporariamente as contas de Pablo Marçal até o final das eleições municipais de 2024. Essa medida ocorreu em resposta a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), que lançou a deputada federal Tabata Amaral como candidata à prefeitura de São Paulo. Marçal é conhecido por ter 2,6 milhões de seguidores no TikTok.

O PSB afirma que Marçal utilizou uma tática de atrair e pagar colaboradores para produzir em grande quantidade clips (curtos e fora de contexto) de seus conteúdos nas mídias sociais. Segundo o PSB, essa estratégia caracteriza abuso de poder econômico e manipulação indevida dos meios de comunicação, visando artificialmente aumentar a popularidade de Marçal e favorecê-lo na corrida eleitoral.

No sábado de manhã, Marçal fez uma live no Instagram para informar que seria banido das redes sociais e recriminou a decisão. "Como não conseguem vencer nas urnas, há pessoas tentando me limitar, há pessoas tentando me prejudicar", afirmou. Marçal é o candidato à Prefeitura com maior alcance na internet, contando com 13 milhões de seguidores apenas no Instagram.

O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da primeira Zona Eleitoral de São Paulo, identificou sinais de práticas abusivas de influência econômica e manipulação dos meios de comunicação ao remunerar indivíduos para criarem e compartilharem conteúdo favorável em redes sociais.

De acordo com o juiz, não há clareza acerca do caminho dos recursos utilizados para lucrar com o material. "Fica registrado que há registro indicando que um dos pagamentos veio de uma das empresas do réu Pablo, o que pode caracterizar diversas violações", afirmou.

Até o começo da tarde de domingo (25), Instagram e TikTok haviam interrompido as contas de Marçal. Durante uma ida a uma feira livre hoje, Marçal declarou que o motivo da suspensão de suas contas nas redes sociais era a falta de conhecimento do judiciário eleitoral sobre o assunto.

"Na minha opinião, a Justiça Eleitoral está começando a se envolver com as redes sociais agora. Eu admiro o juiz que tomou essa iniciativa, entendo a perspectiva dele. Eles ainda não dominam o uso das redes sociais", disse Marçal durante um evento de campanha.

"O juiz utilizou a notícia de um jornal como base para sua argumentação. Vou ser indulgente com o juiz que concordou com essa decisão. O sistema judiciário está fora de sintonia com a realidade", disse o candidato.

De acordo com Marçal, a competição de estilos de corte de cabelo, que acontecia no Discord e foi a causa da suspensão das contas, "foi encerrada previamente à votação".

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