Marco Rubio, linha-dura contra China e Irã, é o favorito para o cargo de Secretário de Estado de Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está cogitando o senador republicano Marco Rubio como o futuro Secretário de Estado de sua nova administração. A notícia foi divulgada pelo jornal The New York Times e por agências de notícias como a AFP e a Reuters na noite desta segunda-feira, 11.

Rubio, com 53 anos, ocupa o cargo de senador pela Flórida desde 2010. Ao longo desse período, o político de origem cubana destacou-se como uma das figuras proeminentes do Partido Republicano, sendo até considerado para a vaga de vice na candidatura de Trump.

O senador é reconhecido por adotar uma atitude mais combativa em relação a rivais geopolíticos dos Estados Unidos, como a China e o Irã. Na América Latina, Rubio faz críticas aos governos de Cuba e da Venezuela.

Esses papéis são particularmente significativos para a função de Secretário de Estado, caso a nomeação de Rubio se concretize. Nos Estados Unidos, o Secretário de Estado atua como líder da diplomacia nacional, sendo considerado um dos cargos mais relevantes da administração norte-americana.

Enquanto esteve no Senado, Rubio atuou como co-presidente da Comissão Executiva-Congresso bipartidária dedicada à China, a qual tem, entre outras atribuições, a responsabilidade de formular políticas que contestem as violações de direitos humanos na nação liderada por Xi Jinping.

Um exemplo disso ocorreu na comissão, onde Rubio deu seu apoio a um projeto de lei destinado a proibir a importação de produtos chineses fabricados por trabalhadores forçados de uma minoria chamada "uigur". Essa legislação foi aprovada.

Ele também assumiu uma posição crítica em relação à China em diversas ocasiões, especialmente durante o primeiro mandato de Trump, quando argumentou que os Estados Unidos deveriam implementar uma política industrial que permitisse uma concorrência mais eficaz com a China, cujos estímulos para a indústria são, em grande parte, providos pelo governo.

Inicialmente, uma possível indicação de Marco Rubio para a posição de Secretário de Estado levantaria questões sobre as promessas de campanha de Trump em relação à política externa que pretende implementar em seu segundo mandato.

O membro do partido republicano tem promovido uma abordagem mais cautelosa quanto à atuação dos Estados Unidos nos principais conflitos globais. Recentemente, ele fez uma chamada para os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e, de acordo com informações da mídia dos EUA, sugeriu que as nações buscassem evitar uma intensificação do conflito. No entanto, o Kremlin refuta a alegação de que essa ligação tenha ocorrido.