Marielle Franco: Ronnie Lessa teria delatado Domingos Brazão como mandante de assassinato da vereadora e seu motorista
Depois de concluir um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, Ronnie Lessa, um antigo policial militar acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, teria fornecido o nome de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, como o responsável pelo crime.
O Intercept Brasil divulgou a informação, que foi recebida de fontes envolvidas na investigação. A delação de Lessa, que se encontra detido desde 2019, só será homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que Brazão é detentor de foro privilegiado.
Brazão, afiliado ao partido MDB, foi apontado como possível envolvido no crime ocorrido em 14 de março de 2018. Em 2019, a Procuradoria-Geral da República formalmente o acusou de obstruir as investigações relacionadas ao caso. Já havia sido investigado pelo Ministério Público do Rio, através do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e pela Polícia Federal, porém não se encontraram evidências que o incriminassem.
O representante legal de Brazão, Márcio Palma, declarou ao Intercept Brasil que desconhece tal informação e que só tomou conhecimento do caso pela mídia. Isso ocorreu devido ao fato de que Brazão não estava sob investigação, tendo o seu pedido de acesso aos documentos sido negado. Anteriormente, Domingos Brazão refutou qualquer envolvimento com o crime perante a imprensa.