O que significa queerbaiting? Entenda acusação em clipe de ...

6 Set 2023

O clipe da música Quase Não Namoro, uma parceria entre Juliette Freire e Marina Sena, foi lançado no dia 10 de agosto, mas segue gerando conversa nas redes sociais.

Depois de Manu Gavassi ter dito que a equipe da vencedora do Big Brother Brasil 21 copiou referências diretas do seu projeto Gracinha para o vídeo, alguns internautas estão acusando a cantora e Marina de praticarem queerbaiting. Mas, afinal, o que isso significa?

O que é queerbaiting?

Queerbaiting é a junção das palavras “queer”, um termo guarda-chuva usado pela comunidade LGBT+ para se referir a pessoas cuja identidade e/ou orientação sexual não se encontram dentro do padrão cisgênero e heteronormativo, e “bait”, que significa “isca” em inglês.

A expressão é usada para se referir a produções que fazem referência ou aludem a um romance homoafetivo ou à representatividade de comunidade de alguma forma, mas que não têm, de fato, essa representação presente em seu conteúdo.

O queerbaiting pode ser interpretado como uma estratégia de marketing ou uma ferramenta para atrair consumidores LGBT+, já que sugere essa representatividade. As críticas se dão porque, nesse cenário, esse suposto romance entre pessoas do mesmo sexo ou representação de alguém queer não acontece de fato.

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Por que Marina Sena e Juliette foram acusadas de queerbaiting?

A acusação a Marina Sena e Juliette se deu porque, no clipe de Quase Não Namoro, as cantoras aparecem juntas reproduzindo cenas de filmes de romance muito famosos, como Ghost - Do Outro Lado da Vida (1990) e Titanic (1997).

Na cena que faz referência a Ghost - Do Outro Lado da Vida, as artistas aparecem fazendo cerâmica e trocando carícias e olhares. No momento seguinte, as duas aparecem em cima de um colchão, tocando no corpo uma da outra.

Marina Sena e Juliette no clipe de 'Quase Não Namoro'. Foto: Marcel Blanco/Divulgação
Cantoras se defenderam das acusações

Marina Sena chegou a se defender das acusações feitas por internautas, explicando como viu a situação: “Pra mim, foi tão natural. Não tinha peso algum em fazer isso. Eu estava com a minha amiga ali, a gente estava sensualizando. Eu faço isso na festa com as minhas amigas. A gente gosta. Tem muito mais a ver com esse universo das mulheres”, disse ao Gshow.

“Às vezes as pessoas falam: ‘ah, é pra atrair macho’. Não, é pra atrair as mulheres mesmo. É nós, no nosso rolê, na nossa viagem, no nosso jeito que a gente gosta de curtir. A gente tem mais essa coisa da interação física, a gente que é mulher. De se abraçar, de fazer carinho uma na outra, que eu acho que os homens tem mais dificuldade. Pra gente é normal pegar uma na outra”, completou.

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Já Juliette disse coisas parecids, em uma entrevista ao site BNews: “Eu tenho total respeito pelas causas. Eu sou muito cuidadosa com isso para que não seja um ponto negativo, que eu não descredibilize as bandeiras e as causas, real. Eu e Marina somos amigas, a gente já tem esse comportamento de se abraçar e se agarrar”.

“Eu respeito a causa, mas acho que nesse caso específico não se aplica, não foi a intenção. Muito pelo contrário, a intenção foi ser natural e respeitoso, como eu sempre fui em tudo o que eu fiz. Então, quando não se aplica, eu acho que não tem porque supervalorizar isso, sofrer com isso”, afirmou.

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