Imigrante, pró-aborto e discreta: Quem é Melania Trump, a primeira-dama que voltará à Casa Branca
Após conquistar a vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, Donald Trump se organiza para voltar à Casa Branca em janeiro do próximo ano. O republicano, que exerceu a presidência de 2017 a 2021, retorna à liderança do país, enquanto sua esposa, Melania Trump, retoma a posição de primeira-dama dos Estados Unidos.
Aos 54 anos, Melania Trump, que teve um papel sutil durante seu primeiro período no cargo, está voltando agora a assumir destaque na política norte-americana. Mas, afinal, quem é a atual primeira-dama dos Estados Unidos?
Natural da antiga Iugoslávia, especificamente da área que hoje corresponde à Eslovênia, Melania Knauss começou sua trajetória como modelo em sua terra natal. Em 1996, decidiu se mudar para os Estados Unidos para dar continuidade à sua carreira.
Em 1998, ela se encontrou com Donald Trump em uma festa, marcando o início de seu relacionamento. O casal formalizou o matrimônio em 2005 e, juntos, tiveram um filho chamado Barron William Trump, que atualmente tem 18 anos.
A Jornada Pela Casa Branca
Durante o primeiro governo de Trump, Melania era percebida como uma mulher inacessível, ao contrário das primeiras-damas que costumavam ser mais carismáticas.
Fascinada por Jacqueline Kennedy Onassis, que foi primeira-dama e esposa de John F. Kennedy, ela optou por um vestido azul inspirado nas roupas de Jackie durante a posse de seu marido, em 2017.
Assim como Jackie, Melania professa a fé católica, o que a transforma na segunda primeira-dama dos Estados Unidos a praticar essa religião. Ademais, ela é a segunda primeira-dama que veio de fora do território americano e conquistou a cidadania dos EUA em 2006, um ano depois de se casar com Trump.
Enquanto exerceu a função de primeira-dama, Melania manteve uma postura discreta. Ao assumir essa posição, ela optou por permanecer em Nova York com seu filho Barron até que ele finalizasse o ano escolar. Assim que o ano letivo terminou, ela se transferiu para a Casa Branca, em Washington, DC.
Adicionalmente, ela esteve envolvida em diversas iniciativas, como a campanha Be Best, voltada para o combate ao cyberbullying, e fez uma defesa do marido em resposta às acusações de agressão e assédio sexual.
Recentemente, foi publicada sua biografia, intitulada ‘Melania’, na qual ela divide lembranças e discute assuntos controversos, como o aborto, um tema em que ela e Donald Trump têm opiniões diferentes. Enquanto Trump tem uma visão mais conservadora e se pronuncia a favor apenas em situações raras, como em casos de estupro ou quando há risco à saúde da mãe, Melania defende o direito da mulher de escolher.
Em uma postagem no 'X' no dia 3 de outubro, Melania manifestou seu apoio ao direito ao aborto, declarando: “não há espaço para negociações quando se refere a um direito fundamental que todas as mulheres têm desde o início: a autonomia pessoal.”
Ademais, Melania tem cidadania em dois países e é filha de imigrantes, uma situação que é alvo de severas críticas por parte do marido, que pretende reverter as políticas de abertura das fronteiras e implementar a maior campanha de deportação já vista.