CPI do MST: governistas preparam relatório alternativo em ...

16 Agosto 2023
MST

Deputados federais aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preparam um relatório alternativo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A intenção é fazer um contraponto ao documento a ser apresentado pelo relator do colegiado, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que foi ministro do Meio Ambiente na gestão Jair Bolsonaro (PL).

O texto da base aliada é coordenado pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP). Ele afirmou à CNN que, desde o início da comissão, os governistas se preparam para elaborar um relatório alternativo, pois, na visão dele, o colegiado foi criado com o objetivo de criticar o MST e criminalizar a luta pela reforma agrária.

Legitimar sem exaltar

Tatto disse que quer aproveitar o espaço da CPI para “discutir uma agenda positiva para a reforma agrária e para o apoio à agricultura familiar”. Ou seja, adotar uma linha de defender a necessidade de reforma agrária num país com concentração de terras como o Brasil, na avaliação de parlamentares envolvidos com o assunto.

A reportagem apurou ainda que deve ser um texto que legitime o MST, mas sem exaltá-lo muito. Também deve mais verbas para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

VÍDEO – Análise: Centrão enterrou CPI do MST, diz Ricardo SallesVotação do relatório

A apresentação concreta do documento alternativo deve depender do texto a ser entregue por Salles. De todo modo, a base aliada pensa em derrotar em votação o relatório do ex-ministro de Bolsonaro.

À reportagem, Salles já falou querer mostrar “manipulações políticas” e “interesses econômicos” do MST, além da relação do movimento com apoiadores do governo Lula, no relatório que prepara na CPI.

Ele diz que a gestão petista tem sido “condescendente” com invasões do grupo embora haja críticas à atuação do MST por alguns integrantes do Executivo. O deputado, inclusive, pensa em citar essas “contradições”.

A CPI do MST deve ser encerrada até 14 de setembro.

VÍDEO – “Covarde e golpista”: Sâmia e Salles discutem na CPI do MST
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