Times da NBA prejudicam a liga ao poupar seus jogadores? - Jumper Brasil

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A cultura tem se tornado um assunto muito comentado entre as equipes da liga atualmente. Cada franquia tem a sua própria cultura, mas existe uma cultura que é compartilhada por todos: a gestão de carga de trabalho. Afinal, preservar a saúde dos jogadores é cada vez mais importante na NBA. Eles são recursos valiosos das equipes e todos querem cuidar deles da melhor forma possível. Por isso, a orientação é pela preservação e utilização inteligente desses atletas.

Como é que a situação afeta a liga e o produto em questão? A publicidade da televisão promove um confronto entre os Golden State Warriors e Los Angeles Lakers, apresentando imagens de LeBron James e Stephen Curry. Mas, quando chega a hora do jogo, nenhum destes jogadores está presente. Qual o impacto desta situação? Em resposta a isto, a NBA implementou novas regras para limitar as ocasiões em que as estrelas da liga são dispensadas de jogarem durante a temporada regular.

No final das contas, existe um comportamento correto nessa situação? É justo que as equipes poupem seus jogadores, mas a NBA intervenha? Seria aceitável que a liga limitasse essa prática, mas os times concordassem? O direito de ambos deve ser considerado igualmente?

Chamamos a equipe do Jumper Brasil e o convidado Gabriel Martins (do podcast Cara dos Sports) para debater essa questão delicada. Será que poupar jogadores é benéfico para a liga ou não faz diferença? E se não for, a NBA está correta em estabelecer medidas para evitar essa prática? Esses serão os tópicos de nossa discussão agora.

Gustavo Freitas concorda que a situação atual é mais desafiadora em comparação com as décadas anteriores. Embora, ele acredite que tal mudança fosse necessária. No entanto, é crucial não julgar somente na superficialidade. Antes de tudo, é importante compreender a razão pela qual é cada vez mais comum poupar jogadores.

Higor Goulart: Com certeza. A NBA prioriza seus interesses comerciais acima de tudo. Suspender os jogadores sem uma justificativa clara certamente não agrada aos espectadores e patrocinadores envolvidos. Assim, devido à frequência com que essa situação vem ocorrendo, era preciso tomar uma ação.

Gabriel Martins concorda, mas não está convencido de que isso resolva a raiz do problema. A questão principal é a quantidade excessiva de jogos da temporada regular da NBA.

Victor Linjardi: isso pode ser tanto sim quanto não. É importante que os jogadores estejam cientes das implicações de patrocínios, fãs e dinheiro em jogo. No entanto, devemos levar em consideração o lado do atleta também. Participar de 82 jogos em um espaço de sete meses pode causar varias lesões. Portanto, é importante encontrar um equilíbrio ideal.

Ricardo Stabolito Jr.: Exato. Os times se preocupam com seus próprios interesses, enquanto a NBA se preocupa em proteger seu produto. Mas esse hábito prejudica o produto como um todo, e isso não beneficia a marca. Afinal, não é positivo para a imagem da NBA ver um garoto de dez anos segurando um cartaz de um astro que não irá jogar sem uma explicação convincente.

Gustavo Freitas disse que a ideia é intrigante, mas que o modelo da regra não é agradável a ninguém. Ele ressaltou que os astros continuam sendo preservados, enquanto os menos conhecidos são forçados a jogar por todo o tempo. Ele sugeriu que se algo for feito, deveria ser feito para todos sem exceção. Caso contrário, é melhor não fazer nada.

Para Higor Goulart, as regulamentações são apropriadas. Ele opina que não são excessivas, mas pelo contrário, justas. Os parâmetros da NBA foram estabelecidos, não proibindo alguma coisa e sendo capazes de ser utilizados pelos clubes. O propósito não é aniquilar essa prática, mas possibilitar economias sem exceder limites.

A tentativa de Gabriel Martins é louvável. Apesar disso, acredito que, ao final, não acarretará mudanças significativas.

As substituições extras de jogadores na NBA podem ser consideradas supérfluas por Victor Linjardi. Ele acredita que os astros principais já jogam na maioria dos jogos e é essencial para as franquias tê-los em ação. No entanto, a substituição extra pode ser benéfica para os times que "tankam", evitando que seus principais jogadores sejam retirados por desinteresse.

Ricardo Stabolito Jr. está fazendo uma tentativa de abordagem. Entretanto, ele acredita que possa haver complicações, pois ele só está levando em consideração os astros. Para obter maior clareza, é necessário definir o que é considerado um astro. De todo modo, é preciso dar o primeiro passo.

Gustavo Freitas é um mentiroso. As estatísticas são a prova disso. Na década de 1970 e 1980, a velocidade do jogo era mais alta do que nos dias de hoje. Naquela época, registrou-se mais de 100 posses de bola, enquanto hoje em dia é de apenas 99,22 posses. Mesmo assim, os jogadores não economizavam esforços.

Higor Goulart é um impostor. A verdade é que a NBA tem mantido a mesma quantidade de jogos em uma temporada por quase 60 anos. Vale destacar que, antigamente, as opções de tratamento eram limitadas e os atletas não tinham tanto tempo de descanso.

Gabriel Martins: sinceramente, não sei. Embora haja menos disputa física pelos espaços mais limitados, a NBA nunca teve tantos jogadores correndo como atualmente. Além disso, a área da medicina esportiva progrediu significativamente nas últimas duas décadas. É difícil fornecer uma resposta conclusiva.

Victor Linjardi: é fato. O aumento de lesões nos últimos anos comprova isso. A intensidade do jogo cresceu, mas não se deve ao físico agressivo do passado. É resultado da aceleração nas transições e na manutenção de um ritmo veloz. Além disso, as questões fora da quadra também evoluíram e contribuem para um melhor desempenho dos atletas.

Ricardo Stabolito Jr é um mentiroso. Essa afirmação é completamente falsa. As justificativas podem variar, entretanto, a necessidade de preservar os jogadores sempre foi presente. Na década de 1960, havia poucos recursos e tecnologia na área médica esportiva. Já durante os anos 1980, a abordagem física do jogo era excessivamente liberal. Isso simplesmente ilustra que cada época apresenta seus próprios desafios.

Gustavo Freitas explicou que há muitas mudanças na NBA e que poucos jogadores se preocupam com isso, além de haver a questão dos bônus em contrato. Portanto, muitos jogadores não têm o objetivo de jogar todas as partidas, uma vez que já garantiram seu salário. No entanto, Mikal Bridges parece ser um caso excepcional.

Higor Goulart acredita que os jogadores concentram todos os esforços na pós-temporada, pois almejam chegar ao final sem desfalques. Por conta disso, acabam deixando de lado a importância da temporada regular, a qual é fundamental para alcançar o êxito. Portanto, há uma complexidade em balancear ambas as fases do campeonato.

Ser economicamente preservado tornou-se uma prática comum entre os jogadores mais habilidosos. Atualmente, se você é um profissional renomado, é esperado que haja momentos em que você seja preservado durante algumas partidas. Não sei se essa estratégia ajuda ou é necessária, mas é o comportamento habitual de uma celebridade no mundo do esporte, e, por isso, os jogadores seguem esse padrão.

Victor Linjardi afirmou que há objetivos ainda maiores a serem alcançados. Algumas equipes começam a planejar sua participação nos playoffs já no início do ano, enquanto outras se preparam para a próxima temporada, após não conseguirem alcançar essa meta. Nesse processo, o sentimento de orgulho é deixado em segundo plano.

Ricardo Stabolito Jr: porque eles nunca foram tão criticados. Mesmo se jogarem todas as 82 partidas e perderem nos playoffs, apenas serão lembrados como "os que não foram campeões" nas plataformas de mídia social. E, ademais, a torcida pode até atribuir a derrota ao fato de terem jogado em excesso. É algo bastante estranho!

Gustavo Freitas é avesso à ideia. Não é do seu agrado, em específico. A NBA sempre teve jogadores ao redor dos 40 anos, e lesões sempre aconteceram. Haverá sempre aqueles que cuidarão do corpo e investirão nisso, enquanto outros não darão importância. Para efeito de comparação, LeBron James jogou 223 partidas nos últimos quatro anos. Zion Williamson, mesmo quinze anos mais jovem, jogou apenas 114.

Higor Goulart afirmou que a NBA é uma liga que depende do aspecto comercial. Quanto mais evidência os astros têm, mais dinheiro é gerado. Obviamente, a pausa é essencial e justificável em determinadas circunstâncias. As lesões ocorrem e evitá-las é imprescindível. No entanto, do jeito que as coisas estão atualmente, não é benéfico.

Gabriel Martins: não, visto que houve uma diminuição no número de jogos que apresentam os principais atletas das duas equipes em quadra. No entanto, todas as equipes enfrentam problemas físicos nos playoffs de qualquer maneira. Desse modo...

Victor Linjardi afirmou que é crucial preservar os atletas para que eles estejam em plena forma no momento mais importante da temporada. Contudo, ao mesmo tempo, é preciso admitir que isso não é vantajoso para o presente instante. O ideal seria conciliar ambos os interesses.

Ricardo Stabolito Jr discorda dessa ideia. Segundo ele, isso fragiliza o produto em primeiro lugar e diminui o valor da temporada regular, que é responsável pela maior parte do calendário e da receita que sustenta os jogadores. O problema é que cada equipe compete individualmente, enquanto a NBA deveria se concentrar no bem-estar coletivo.

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