Nego Di disse que doou R$ 1 milhão a campanha durante enchentes no RS, mas MP só encontrou doação de R$ 100

21 Julho 2024
Nego Di

De acordo com o promotor Flávio Duarte, uma investigação preliminar do Ministério Público sugere que, no dia em que Nego Di afirmou ter feito uma doação de R$ 1 milhão, apenas foi constatada a doação de R$ 100.

Camila Kersch, advogada de Nego Di, afirmou ao portal G1 que ainda não possui todas as informações sobre os casos, os quais estão em segredo de Justiça. Ela ainda acrescentou que a defesa irá se pronunciar "assim que obtivermos todas as informações e dentro das normas do processo".

O Ministério Público desconfia de que o Nego Di tenha utilizado um documento falso para provar a doação.

Um veículo sofisticado foi confiscado durante a execução de mandados judiciais contra o influenciador Nego Di — Foto: Divulgação

O comediante Eduardo Christ, mais conhecido como Badin, que colaborou na organização da arrecadação de fundos, disse que Nego Di contribuiu para divulgar a campanha. De acordo com Badin, o influenciador mencionou que a alegada doação de R$ 1 milhão seria parcelada.

"Em alguns dias, mais de R$ 10 milhões foram arrecadados na campanha, eu não tinha como ficar verificando se as promessas de doações que ele fez estavam sendo cumpridas. A gente simplesmente seguiu em frente", disse Badin em um vídeo compartilhado nas redes sociais na sexta-feira (19).

O portal de notícias G1 fez tentativas de contato através de ligação telefônica e e-mail com a empresa responsável por hospedar a campanha de arrecadação de fundos, porém não recebeu resposta até a última atualização desta matéria.

No dia 14 de junho, o famoso digital foi apontado pelo Ministério Público por crime de fraudes. A 2ª Vara Criminal de Canoas acatou a acusação e Nego Di se tornou réu em um processo judicial sob suspeita de não cumprir com a entrega de mercadorias vendidas em uma loja online da qual ele seria um dos proprietários.

O Ministério Público afirmou que eles vendiam variados produtos em uma loja online, como televisões, celulares e aparelhos de ar condicionado, por preços mais baixos que o normal. Eles sempre contavam com a fama do influenciador para dar credibilidade às promoções, mas não entregavam os produtos para os compradores e nem devolviam o dinheiro pago.

De acordo com o Judiciário, Nego Di é suspeito de cometer, por 17 vezes, atos de estelionato agravado por meio de fraudes eletrônicas. Um parceiro do influenciador também foi denunciado pelo Ministério Público.

A Justiça rejeita solicitação de soltura de Nego Di.

Na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), onde Nego Di está detido, há alojamentos que podem abrigar até oito presos, com instalações sanitárias e de higiene adequadas.

De acordo com a Polícia Penal do Rio Grande do Sul, todos os detentos da unidade estão vestindo uniforme. Além disso, o presídio possui equipamentos para bloquear sinais de celular.

Os presos têm acesso a áreas ao ar livre e para refeições. A penitenciária oferece serviços como educação, emprego e orientação religiosa. Os familiares podem visitar os detentos duas vezes por semana.

Foto da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) — Imagem: Reprodução/RBS TV

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