Preso há 52 dias, Nego Di tem novo pedido de liberdade negado pela Justiça do RS

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Nego Di

A determinação da juíza Patricia Pereira Krebs Tonet rejeitou também o requerimento de soltura do parceiro de Nego Di, Anderson Boneti. Ambos estão sendo acusados de prejudicar consumidores de uma loja online, ao supostamente não cumprirem com a entrega dos produtos vendidos na plataforma digital.

O G1 tentou falar com os advogados de Nego Di, porém não recebeu resposta até a última atualização deste texto. As medidas judiciais de Anderson Boneti não foram encontradas pelo G1 no processo.

De acordo com a sentença, a argumentação da defesa de Nego Di foi de que o influenciador foi lesado por Anderson e que o comediante não agiu com má-fé, ou seja, a intenção de praticar o delito. Foram exibidas conversas entre os acusados ​​para comprovar essa versão.

A juíza Patricia Tonet rejeitou essa alegação, apresentando como evidência um vídeo em que Nego Di é visto dirigindo um veículo de alta classe e dizendo: "ninguém é obrigado a comprar uma televisão, ninguém é obrigado a comprar um ar condicionado".

A magistrada também rejeitou a falta de intenção, alegando que Nego Di saiu do Rio Grande do Sul "sem compensar qualquer uma das vítimas deste caso, sendo detido em Florianópolis, em um condomínio de alto padrão".

É importante ressaltar que a defesa argumentou neste processo que o réu, antes de ser preso neste ano, recebia mensalmente uma quantia de cerca de 500 mil reais em patrocínios. No entanto, ele nunca tentou compensar as vítimas deste caso, que estão sofrendo prejuízos desde o ano de 2022, em quantias que, de acordo com sua renda declarada, não seriam significativas em seu patrimônio financeiro", afirmou a juíza.

Após concluir a análise do requerimento de liberdade de Nego Di, a juíza Patricia Tonet destacou que o influenciador, apesar de alegar ser vítima do sócio, nunca formalizou uma denúncia contra Anderson Boneti.

Ao examinar o pedido de liberdade de Boneti, a juíza da 2ª Vara Criminal afirmou que as acusações de estelionato "não eram um evento isolado em sua vida". Patricia Tonet ressaltou que o réu já enfrenta um processo por lavagem de dinheiro, associação criminosa, dentre outras infrações.

Julio Cezar Coitinho Júnior, advogado de defesa de Boneti em um caso de desvio de R$ 30 milhões, afirmou ao g1 em julho que seu cliente e outros indivíduos estavam envolvidos com o uso de criptomoedas, mas alegou que foram vítimas de um hacker que desviou o dinheiro da metalúrgica. Vale ressaltar que o advogado não representa o acusado no processo no qual Boneti e Nego Di são réus por estelionato.

Nego Di foi detido por fraude que resultou em um prejuízo de R$ 5 milhões para os clientes.

Nego Di está sendo acusado de praticar crimes de estelionato qualificado por meio de fraude eletrônica em 17 ocasiões. De acordo com o Tribunal de Justiça, o influenciador e seu sócio teriam enganado mais de 370 pessoas através de vendas realizadas no site Tadizuera entre os dias 18 de março e 26 de julho de 2022. A investigação da Polícia Civil revela que o valor movimentado nas contas bancárias associadas a Nego Di na época ultrapassa R$ 5 milhões.

Clientes informaram que adquiriram itens como TVs, smartphones e eletrodomésticos no site, porém não receberam os produtos nem o reembolso do dinheiro. As autoridades policiais calculam que o montante perdido ultrapasse os R$ 330 mil.

De acordo com a Polícia Civil, Nego Di utilizava sua própria imagem para ampliar a divulgação dos anúncios pela internet, alcançando todo o território nacional, o que resultou em possíveis vítimas até mesmo de outros estados. Nas redes sociais, Nego Di possui mais de 10 milhões de seguidores.

Nego Di foi detido por fraude que resultou em um prejuízo de R$ 5 milhões para os clientes.

Conheça Nego Di

Após participar do reality show, Dilson passou a organizar sorteios pelas redes sociais, estabelecendo nas regras que o vencedor seria aquele que adquirisse a maior quantidade de bilhetes. Essa conduta está sendo investigada pelo Ministério Público (MP) e resultou em uma operação contra ele e sua parceira.

Nego Di foi punido pela Justiça do Rio Grande do Sul por disseminar informações falsas em suas mídias sociais. Em uma decisão tomada em maio deste ano, o Tribunal de Justiça (TJ) determinou que ele removesse postagens sobre as cheias.

Naquela situação, Nego Di afirmou que as autoridades estavam bloqueando barcos e jet skis particulares de realizarem resgates na área de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, porque os condutores não tinham autorização. Além disso, ele também divulgou fotos de corpos flutuando que não eram relacionadas à tragédia em questão, incluindo uma de uma inundação no Rio de Janeiro.

O Judiciário ordenou a remoção rápida das postagens e impediu Nego Di de repetir as declarações falsas, sob pena de pagar uma multa de R$ 100 mil.

O artista cômico Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, que exerce influência nas redes sociais.

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