Reforços para 2025? Presidente do Santos aguarda rescisão de Neymar e resposta de Gabigol

Ao ser indagado sobre a chance de o clube adquirir a dupla, que surgiu nas categorias de base do Santos, o dirigente declarou que está esperando uma decisão sobre o futuro de Neymar e aguarda uma resposta de Gabigol em relação à proposta feita pelos alvinegros.

– Em relação ao Neymar, não tenho informações novas. Estamos atentos às questões que envolvem tanto o clube quanto o jogador. O desfecho dessa situação não depende da intervenção do Santos. Se pudéssemos, agiríamos, mas não é o que está acontecendo. O contrato continua em vigor, e estamos monitorando a situação para que, assim que for resolvida, o Santos possa se pronunciar. Estamos esperando.

– O que posso garantir sobre o Gabriel é o que já foi divulgado. Quando concluímos e confirmamos o acesso para o Brasileirão do próximo ano, estávamos em diálogo parcial. Assim que a situação se confirmou, enviamos uma proposta para a equipe dele analisar. A resposta que recebemos foi de que, até dezembro, eles iriam considerar todos os aspectos, e que o Santos estava na disputa durante essa análise – declarou Marcelo Teixeira.

Atletas do Santos erguem o troféu de campeões da Série B de 2024.

Caso a proposta por Gabigol já tenha sido feita, a situação de Neymar é distinta nos bastidores do clube. Isso se deve ao fato de que o jogador possui um contrato com o Al-Hilal, da Arábia Saudita. O Peixe só vai prosseguir com uma possível negociação se o atleta conseguir romper seu vínculo atual.

O Santos marcou um encontro com o pai de Neymar para conversar sobre as chances do ídolo voltar ao time em 2025. A reunião está programada para a próxima semana e contará com a participação da alta administração do clube.

Presidente do Santos discute a condição do clube e expectativas para 2025: "Estamos enfrentando o período mais crítico de nossa trajetória."

Trechos Da Coletiva Com Marcelo Teixeira

Fábio Carille tem enfrentado muitas críticas por parte dos torcedores do Santos. A diretoria considerará também o aspecto humano ao decidir se o manterão em destaque antes de definir seu futuro? Fábio teve um bom desempenho aqui. É possível encontrar uma solução para a situação; tudo que é necessário é planejamento e um compromisso para que o trabalho continue a evoluir. É compreensível que todos tenhamos essa preocupação. Nós nos mantivemos firmes e mostramos resiliência em relação à continuidade do trabalho. Muitas vezes, a mídia critica a interrupção de um projeto. No jogo contra a Ponte Preta, fiz questão de ligar para ele e conversar sobre a permanência. Nossos objetivos eram o acesso e, em seguida, o título, e conquistamos ambos. Não poderíamos interromper o trabalho, pois isso poderia acarretar problemas para o grupo e também financeiros. Já passamos por temporadas com quatro treinadores e não tivemos sucesso. Tivemos técnicos com diferentes abordagens, seja ofensiva ou defensiva, e todos foram questionados. A paixão da torcida é intensa, mas precisamos manter a razão. Devemos refletir sobre nossa aceitação junto ao público, e estou pronto para isso.

– Não vou me desviar do que prometi, que é manter a transparência e o compromisso com os associados. Minha gestão não será avaliada apenas pelos resultados em campo. Eu gostaria de ver um futebol de melhor qualidade, mas atualmente não é o nosso momento. Temos uma camisa forte, uma rica história e tradição, mas estamos atravessando uma fase difícil. Isso é motivo para apresentarmos um futebol ruim? Não, não é. Contudo, é a nossa realidade. Seria fácil chegar aqui afirmando que estou focado na Série A e assinando diversos pré-contratos. Isso não seria uma atitude irresponsável. Agora, a situação do Santos para 2025 está clara. Não estamos atrasados; estamos agindo com cautela, prudência e, acima de tudo, ousadia. Estamos na Série B, mas já traçando planos ambiciosos para 2025.

– Estamos pavimentando a trajetória para alcançar a vitória. O ideal seria que eu não estivesse aqui mencionando que não progredimos devido a transferências ou problemas no grupo. Esse não é o cenário; não houve negligência. Tomamos decisões, tanto certas quanto erradas, e estamos ajustando o que precisa ser ajustado. O fundamental é que cada passo seja dado de acordo com a nossa realidade.

Marcelo Teixeira, o mandatário do Santos — Imagem: Raul Baretta/ Santos FC

O senhor pretende investir do próprio bolso para formar a equipe do próximo ano? E qual será o orçamento do Santos para 2025? – Eu não concordo com essa abordagem. Em 2000, percebemos essa necessidade, e o estatuto permitia que isso acontecesse, não cobrei juros ou correções. No entanto, ao longo desse tempo, provei que o Santos poderia ser autossustentável, e é assim que vamos proceder. O clube enfrentou dificuldades financeiras neste ano. Acreditamos em uma gestão que gera receitas através de patrocínios. É como se um gigante estivesse retornando às suas raízes, e isso é fundamental para o avanço do trabalho. Queremos garantir que os investimentos realizados nunca comprometam as finanças do clube. Isso é importante, pois há administradores que agem de forma imediatista, sem uma reflexão adequada. Mas essa não é a prática que o Santos adotará.

– Contamos com um grupo de atletas, o que demandará da gestão do futebol a realização de contratações que visem fortalecer o elenco para as três competições do próximo ano. Seguiremos sempre a nossa tradição de revelar talentos. Temos boas gerações disponíveis. Na conversa que teremos ao final do campeonato com a comissão técnica, esse assunto também será abordado. Existe uma questão emocional relacionada ao futuro do Carille, e queremos ter a certeza de que haverá continuidade no trabalho. Isso não envolve apenas uma questão humana, mas também aspectos profissionais. A comissão estará pronta para os desafios de 2025? Sem dúvida, isso girará em torno do planejamento das necessidades para aqueles que ficarão. Alguns não permanecerão, enquanto outros continuarão. A base está estabelecida, mas a necessidade de reforços é evidente.

Sobre a possibilidade do Santos atuar no Pacaembu – Uma das questões pendentes em relação à nova arena é a reabertura do Pacaembu. Até o momento, não temos confirmação oficial sobre a reinauguração. Assim que recebermos essa informação, e se a nova arena estiver devidamente planejada com as vendas, o Pacaembu se tornará nosso lar. Mesmo que as obras ainda não tenham começado, há uma boa chance de que possamos jogar em São Paulo. A demanda é alta. Pessoalmente, considerando o prazo para a venda da nova arena, acredito que disputaremos o Campeonato Paulista na nova instalação.

"O confronto de hoje revela como foi o ano do Santos", afirma Isabel Nascimento | A Voz da Torcida.