Tropas dos EUA e da Rússia passam a dividir base aérea no Níger, na África

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Niger

As duas unidades acabaram se encontrando na mesma base, já que o exército dos Estados Unidos está se preparando para sair do país. Esse movimento foi decidido pela junta militar que tomou o poder no Níger através de um golpe no ano passado.

Enquanto as forças americanas estão se retirando do Níger, forças russas estão pousando no país em conformidade com um acordo firmado com o governo local, que está alinhado aos interesses de Vladimir Putin.

Por essa razão, as duas forças militares encontram-se em posse da Base Aérea 101, situada ao lado do Aeroporto Internacional Diori Hamani, em Niamey, a capital do Níger.

As duas unidades fazem uso de hangares distintos nas dependências da base, todavia dividem áreas comuns do local.

Apesar da tensão, as autoridades militares dos Estados Unidos afirmaram que a presença dos soldados da Rússia não representa ameaça para os militares norte-americanos que estão na mesma base. Quando questionado sobre a situação, o governo Russo afirmou não ter preocupações a respeito.

De acordo com um oficial americano em declaração à agência Reuters, as duas unidades militares estão segregadas dentro da instalação.

Indagado pela agência Reuters a respeito do assunto em questão, o titular do Departamento de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, desconsiderou eventual ameaça às forças dos Estados Unidos, bem como a eventualidade de efetivos russos se aproximarem dos equipamentos militares norte-americanos.

De acordo com um membro das forças armadas dos Estados Unidos, que foi ouvido pela Reuters, as autoridades do Níger informaram ao governo americano que aproximadamente 60 militares russos iriam dividir a base com os norte-americanos.

Após o golpe militar, os Estados Unidos cortaram a quantia de US$ 100 milhões em ajuda ao Níger.

No período passado, logo após assumirem o controle, os líderes militares determinaram a retirada dos cerca de 1.000 soldados norte-americanos que estavam presentes no território do país.

A aproximação é evidente quando observamos o aumento da rivalidade militar e diplomática entre as nações em relação ao conflito na Ucrânia.

Por sua vez, a Rússia busca fortalecer seus laços com as nações africanas, se mostrando como um país amigo que não tem histórico colonial no continente.

Nos últimos anos, o Mali tem se destacado como um dos países africanos mais próximos da Rússia, em termos de aliança.

A administração de Washington vem expressando inquietude acerca dos grupos fundamentalistas muçulmanos que atuam na área do Sahel, situada no território do Níger. Há receio de que esses grupos consigam ampliar sua influência em razão da ausência das tropas e da expertise dos Estados Unidos na zona.

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