Pai morto por atirador em Novo Hamburgo denunciou maus-tratos, diz militar | CNN Brasil
O pai do atirador falecido durante um incidente que começou na noite de terça-feira (22) em Novo Hamburgo, na área metropolitana de Porto Alegre, relatou que ele e a esposa estavam sendo vítimas de abusos por parte do filho ao entrar em contato com a polícia pouco antes da sua morte.
"Ouvimos uma ligação do pai do autor da agressão que afirmou estar enfrentando situações de maus-tratos. Ao chegar ao local, a equipe conversou com o pai do agressor, que contou que ele e a mãe do agressor estavam sendo maltratados pelo filho, que não permitia que saíssem de casa", declarou o Tenente-coronel Alexandro dos Santos Famoso, da Brigada Militar.
De acordo com o oficial, os membros da equipe chegaram ao local e iniciaram o atendimento. A situação seguia de maneira calma até que o filho das vítimas começou a disparar. "Ele começou a atirar contra todas as pessoas que estavam em frente à casa", comentou o tenente-coronel.
Conforme informou a Brigada Militar, outras unidades tiveram que ser mobilizadas após o início dos tiros.
"Estamos constantemente tentando estabelecer negociações e dialogar com ele. Todas as tentativas de contato telefônico falharam, pois nenhum número se mostrou viável. A única maneira de obter uma resposta é através de mensagens", finalizou o militar.
Um indivíduo disparou contra várias pessoas de dentro de sua casa em Novo Hamburgo, na área metropolitana de Porto Alegre. A Brigada Militar foi chamada para atender o incidente na noite desta terça-feira (22), por volta das 23h.
Até agora, três indivíduos perderam a vida e nove ficaram feridos. As vítimas que faleceram são o policial militar Everton Raniere Kirsch Junior, o pai do suspeito, conhecido como Eugenio Crippa, de 74 anos, e o irmão do atirador, Everton Crippa, de 49 anos.
Os feridos incluem seis policiais e parentes do infrator.
O suspeito faleceu após mais de nove horas de confinamento por parte da polícia.