"Maior catástrofe meteorológica da história do RS", diz ministro

14 dias voltar
O que aconteceu no Rio Grande do Sul

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, declarou em Brasília nesta sexta-feira (3) que o Rio Grande do Sul está passando por sua maior calamidade climática devido às fortes chuvas que vêm causando estragos na região.

Ele recordou um evento histórico de inundação ocorrido no Rio Grande do Sul em 1941 e declarou: "Jamais testemunhei algo semelhante. Sou muito familiarizado com nosso estado, tendo enfrentado muitas situações delicadas e dramáticas. Contudo, garanto que nunca houve uma enchente como esta. Qualquer gaúcho já ouviu falar na famosa inundação histórica de 1941. Essa enchente que estamos enfrentando ultrapassará, com folga, o que ocorreu em nosso estado em 1941", declarou.

No ano passado, em setembro, o estado enfrentou uma situação muito grave que, comparada com a atual, não chega nem perto em termos de gravidade. As chuvas continuam intensas e há previsão de que continue assim em algumas regiões até o próximo domingo. Nesse momento, temos 141 pontos de rodovias interrompidas, envolvendo tanto vias estaduais quanto federais, levando algumas cidades a ficarem sem combustível. As máquinas da prefeitura que estavam trabalhando na limpeza e retirada de entulhos estão sem diesel. Algumas cidades estão enfrentando problemas de abastecimento de água e alimentos, as ambulâncias não conseguem se locomover pelo estado, e médicos plantonistas estão tendo problemas em chegar nas cidades afetadas. O ministro enfatizou a gravidade da situação.

Por que o estado do RS sofre com tantas precipitações pluviométricas? Entenda as razões por trás desse fenômeno natural.

Durante sua aparição no programa Bom Dia, Ministro das emissoras de rádio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Pimenta analisou que o objetivo do governo federal atualmente é concentrar seus esforços no auxílio às pessoas afetadas pelas enchentes e inundações.

Ainda há muitas pessoas presas em uma ilha. Logo cedo, enviaremos quase toda nossa frota de helicópteros para a área de Vale do Taquari. Esperamos utilizar cerca de oito ou nove helicópteros durante todo o dia para atender às necessidades.

Infelizmente, o trabalho está sendo bastante complicado devido às condições climáticas. Estamos falando de helicópteros de grande porte que são utilizados para resgates aéreos. As equipes precisam fazer o salvamento por meio de rapel, descendo de cordas para resgatar as pessoas que estão em telhados ou áreas alagadas onde o helicóptero não consegue pousar. Por conta disso, essa operação é bastante complexa. Alguns desses helicópteros não estão habilitados para voar à noite, exigindo condições favoráveis de visibilidade, sem chuva ou neblina. Além disso, a existência de redes de alta tensão em algumas regiões pode colocar a equipe de resgate em risco durante a operação.

Nesta sexta-feira (03), foi divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul um boletim que registra o total de 31 vítimas fatais em decorrência das fortes chuvas que vêm atingindo a região.

Atualmente, temos 74 indivíduos que desapareceram e 56 que se encontram feridos. O número de municípios gaúchos impactados por tempestades chega a 235, resultando em um total de 351.639 pessoas afetadas. Dentre elas, 17.087 foram obrigadas a deixar suas residências e 7.165 precisaram buscar abrigo.

Durante uma entrevista no dia 2, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que é provável que os números da pandemia aumentem nos próximos dias. Ele expressou sua frustração ao declarar que não conseguiram chegar a certas áreas para combater o vírus. Com pesar, ele concluiu a entrevista.

Ler mais
Notícias mais populares dessa semana