Pedido da OEA por transparência na Venezuela é barrado com ajuda de Brasil e Colômbia
Na quarta-feira (31), a Organização dos Estados Americanos (OEA) não obteve êxito em aprovar uma resolução que solicitava ao governo da Venezuela a divulgação imediata dos resultados das eleições ocorridas no último domingo. A resolução necessitava de maioria absoluta para ser aprovada, porém a abstenção de 11 países, incluindo Brasil e Colômbia, inviabilizou a sua aprovação.
O México também ajudou na derrota da resolução ao não participar.
Após a votação durante uma reunião especial em Washington, a proposta foi aprovada com 17 votos favoráveis, nenhum voto contrário, 11 abstenções e 5 membros ausentes.
Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Estados Unidos e Uruguai foram aprovados na votação.
Os países que decidiram não participar foram Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Granada, Honduras, São Cristóvão e Nevis e Santa Lúcia.
Para concluir, Dominica, México, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago e Venezuela estiveram ausentes na reunião.
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A exigência era que o CNE venezuelano, responsável por declarar Nicolás Maduro como vencedor das eleições, divulgasse de forma imediata os resultados do pleito em todas as seções eleitorais.
Além disso, pediu-se uma verificação detalhada dos resultados com a presença de organizações observadoras independentes, para assegurar a transparência e a credibilidade. A resolução também destacava a importância de proteger os direitos humanos na Venezuela, em especial o direito de protestar pacificamente sem sofrer represálias.
O chanceler do Peru, Javier González-Olaechea, criticou veementemente os países que optaram pela abstenção, considerando esta atitude como uma traição aos princípios da Carta Democrática da OEA.
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"Todos os participantes presentes, inclusive aqueles que não compareceram e os que se abstiveram, concordaram com a aprovação da Carta Democrática (da OEA), um documento planejado para interromper os governos que buscam se manter no poder", ressaltou.