O que é um pager (ou bipe)? Por que alguém ainda usa um aparelho desses? Entenda
Uma série de explosões coordenadas de pagers em várias regiões do Líbano resultou na morte de pelo menos 11 pessoas e deixou cerca de 4.000 feridos nesta terça-feira (17), conforme informações do Ministério da Saúde local. Os alvos das detonações parecem ter sido membros do Hezbollah, que adotou o uso desse dispositivo como uma estratégia para evitar a vigilância da inteligência israelense.
Entretanto, se você nasceu após 1995, é bem possível que nunca tenha encontrado ou ouvido um pager, também chamado de bipe no Brasil. Acredite, esses dispositivos fizeram muito sucesso nos anos 1990 e 2000, numa época em que os telefones celulares eram volumosos como tijolos e os computadores estavam limitados a ficarem fixos nas mesas das pessoas.
Compreenda o que é um pager:
Um pager, popularmente chamado de bipe, é um minúsculo aparelho eletrônico que pode ser transportado facilmente. Sua função principal é receber e, em determinadas situações, enviar mensagens breves ou notificações.
A maior parte dos pagers capta as mensagens através de ondas de rádio provenientes de uma estação central ou de um centro de controle. Essas comunicações podem ser apenas números (como, por exemplo, um telefone) ou alfanuméricas (um texto). O aparelho, por sua vez, mostra a mensagem para avisar o usuário.
Os pagers costumam produzir um sinal sonoro, um bip (daí a denominação popular no Brasil) ou uma vibração para avisar o usuário sobre uma mensagem recebida. Essa funcionalidade é especialmente vantajosa em lugares ruidosos ou em contextos que exigem silêncio, como em hospitais.
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A Era De Ouro Dos Pagers: Quando Foram Populares?
Os pagers foram amplamente empregados antes da disseminação dos celulares, especialmente no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Esses dispositivos eram bastante comuns em profissões que necessitavam de comunicação ágil e segura, sendo predominantemente utilizados por médicos, enfermeiros e profissionais dos serviços de emergência, graças à sua confiabilidade e à independência das redes móveis.
Os pagers numéricos têm a capacidade de mostrar apenas dígitos e são geralmente utilizados para notificar o receptor a retornar uma ligação para um determinado número de telefone ou responder a uma mensagem. Eles representam a forma mais elementar e simples de pager.
Os pagers alfanuméricos são capazes de mostrar letras e números, possibilitando o envio de mensagens mais elaboradas, incluindo breves comunicações textuais.
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Os pagers, ou radiocomunicadores, são comumente empregados para enviar alertas rápidos e informações de contato, especialmente em áreas profissionais onde a comunicação instantânea é fundamental.
Os pagers costumam oferecer uma abrangência maior se comparados aos primeiros modelos de telefones celulares, principalmente em regiões isoladas.
Ademais, são aparelhos eletrônicos básicos, com funcionalidades limitadas, o que os torna simples de operar e menos suscetíveis a falhas técnicas.
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Ademais, os pagers unidirecionais normalmente não podem ser rastreados, já que não ocorre a transmissão de sinal para a estação base responsável pelo envio inicial do sinal.
Os celulares mais recentes começaram a disponibilizar recursos de comunicação mais sofisticados, como ligações, SMS e conexão à internet. Além disso, ocorreu a revolução dos smartphones alguns anos depois.
Embora seu uso tenha diminuído, os pagers ainda permanecem em operação em certas indústrias, como saúde e serviços de emergência, por conta de sua alta confiabilidade, durabilidade da bateria e eficiência em locais com sinal de celular instável.
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Um representante do Hezbollah declarou que os pagers utilizados pelos integrantes da organização estavam munidos de baterias de lítio, que muito provavelmente causaram as explosões.
As baterias de lítio, famosas por sua propensão ao superaquecimento, têm a capacidade de soltar fumaça, derreter e até incendiar-se. Comumente utilizadas em smartphones, notebooks e carros elétricos, elas podem pegar fogo quando a temperatura ultrapassa os 590 ºC.
