10 curiosidades de 'Pantera Negra', um dos grandes clássicos Marvel | CinePOP Cinema
Lançado em 2018, Pantera Negra praticamente já chegou ao status de clássico. O filme ultrapassou as tentativas de boicote de grupos de extrema-direita e se tornou um dos maiores sucessos do estúdio. Com Chadwick Boseman no papel principal, a produção mergulhou na rica cultura de Wakanda e trouxe à tona elementos culturais de origem africana, que passaram a ser reconhecidos nas telonas ao redor do globo.
Com um elenco incrível e carismático, uma direção marcante e personagens que encantam, o filme rapidamente se tornou um fenômeno cultural e atraiu admiradores ao redor do globo. Para homenagear esses fãs, o CinePOP preparou uma lista com 10 curiosidades que você pode não conhecer sobre a produção. Confira!
A mitologia do Pantera Negra, tanto nas histórias em quadrinhos quanto nas produções cinematográficas, é profundamente inspirada por figuras emblemáticas da vida real no continente africano. Por exemplo, o nome da nação Wakanda deriva de Wakamba, uma tribo real do Quênia. Além disso, a língua falada pelos wakandanos é o Xossa, que utiliza um sistema de escrita baseado no alfabeto latino e é comum em algumas regiões da África do Sul. Esse foi também o idioma do renomado líder político Nelson Mandela, por exemplo.
O mesmo se aplica às Dora Milaje, a Guarda Real de Wakanda, que se destaca por ser composta por mulheres guerreiras carecas e extremamente talentosas em combate. Essas guerreiras se inspiram nas Agojie, a Guarda Real do antigo reino de Daomé, hoje parte do Benin. Recrutadas na adolescência, elas dedicavam suas vidas à proteção de Daomé e de seu monarca, mesmo que isso implicasse em abrir mão de relacionamentos. Estima-se que houveram cerca de seis mil Agojie antes do declínio do reino.
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Um dos equívocos mais frequentes sobre o Pantera Negra é a crença de que sua criação foi influenciada pelo Partido dos Panteras Negras, que operou nos Estados Unidos entre os anos 1960 e 1980, promovendo ideais antirracistas e fiscalizando a violência policial contra pessoas negras. Na realidade, o Pantera Negra das histórias em quadrinhos apareceu em julho de 1966, enquanto o Partido foi estabelecido em outubro do mesmo ano. T’Challa foi criado antes.
Para formar o conselho de Wakanda, a liderança decidiu estabelecer cinco tribos, incluindo os mineradores, os comerciantes, os Jabari e outros grupos, que pudessem coexistir harmoniosamente na nação. Além disso, cada tribo incorporaria diversos elementos culturais de tribos africanas reais, servindo de inspiração para a criação dos figurinos, sotaques e comportamentos dos personagens.
O elenco central da produção possui apenas dois atores brancos: Martin Freeman e Andy Serkis. Freeman desempenhou o papel do Agente Ross, enquanto Serkis atuou como o antagonista Garra Sônica. Nos bastidores, eram conhecidos como Tolkien Boys, ou "Os meninos de Tolkien", já que ambos interpretaram personagens icônicos do universo de O Senhor dos Anéis (Bilbo Bolseiro e Gollum, respectivamente).
Durante as entrevistas para promover o filme, uma das indagações que mais vezes eram feitas a Martin Freeman era sobre sua sensação de ser um dos raros atores brancos no elenco. Ele costumava rebater essa pergunta questionando por que isso despertava tanto interesse e refletia: “você já refletiu sobre como os atores negros se sentem na maioria das produções?”.
Muitos afirmam que o antagonista do filme, Erik Killmonger (interpretado por Michael B. Jordan),ofuscou o protagonista. Durante as gravações, Michael fez um grande esforço para se afastar do elenco, a fim de entender melhor seu personagem e mergulhar na raiva que o dominava. De acordo com o ator, Killmonger era um papel complexo, com uma missão que se diferenciava bastante das demais, por isso ele sentia a necessidade de se distanciar dos outros personagens. Ao final das filmagens, ele ainda conseguiu levar um dos trajes do Killmonger para casa.
Um dos aspectos mais fascinantes do vilão é que seu corpo é adornado com cicatrizes que ele próprio fez. Cada uma dessas marcas simboliza uma vida que ele tirou. Dado que a essência do personagem está ligada à busca por uma conexão com suas origens, é evidente que a produção se inspirou em experiências da vida real para essa peculiaridade. O ato de automutilação, conhecido como escarificação, tem se tornado menos comum. Em certas tribos africanas, ferramentas cortantes ou queimaduras com água quente eram utilizadas como formas de 'maquiagem' para as mulheres, além de servirem como um marcador de diferentes estratos sociais.
Os capacetes de nanotecnologia do Universo Cinematográfico Marvel receberam muitas críticas dos fãs desde sua introdução em Pantera Negra. Naquele momento, Shuri (Letitia Wright) chegou a fazer piada sobre o antigo capacete analógico do seu irmão. Pouco depois, em Vingadores: Guerra Infinita (2018), o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) apareceu com uma armadura totalmente elaborada com nanotecnologia, uma informação que foi confirmada pela equipe de produção, que declarou que houve uma influência direta dos cientistas de Wakanda.
Pantera Negra foi o primeiro longa do MCU a eliminar qualquer possibilidade de prejuízo logo no final de seu primeiro fim de semana nas bilheteiras. E vale destacar que essa não era uma tarefa simples. O filme teve um custo de aproximadamente 200 milhões de dólares, um montante elevado para aquele período. Apesar disso, as preocupações financeiras foram deixadas de lado durante sua estreia, quando gerou pouco mais de 202 milhões de dólares. Ao final de sua exibição nos cinemas, Pantera Negra conseguiu arrecadar 1,35 bilhão de dólares, tornando-se, até aquele momento, o filme solo de heróis da Marvel com maior receita. Ele seria superado em 2021 por Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, que arrecadou 1,9 bilhão de dólares.