É pavê ou pacumê? Perguntas constrangedoras para evitar na noite de Natal

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Pavê

Questionamentos impróprios durante reuniões familiares podem levar ao distanciamento entre os membros da família.

Pavê - Figure 1
Foto Estado de Minas

crédito: Criado por Freepik

É a noite anterior ao Natal, e a família se reuniu para saborear os pratos tradicionais da época e trocar presentes embaixo da árvore. A atmosfera está ótima... Até que o tio distante, de maneira inadequada, pergunta: “Você engordou, não? É por isso que não consegue encontrar um marido.”

Os desconfortos em reuniões familiares se tornaram culturalmente comuns ao longo dos anos. No entanto, isso não significa que devemos tolerar intervenções indesejadas. A consultora de etiqueta e comportamento, Sofia Rossi, esclarece que muitas pessoas acreditam ter o direito de se intrometer na vida dos outros apenas por serem parentes, mas essa atitude pode levar a distanciamentos motivados pela falta de respeito e empatia.

Sofia recomenda evitar questionamentos sobre questões financeiras, ex-parceiros e aparência, temas que costumam aparecer nas conversas de familiares indesejados. “Existem muitas indagações incômodas, como: ‘Uau! Finalmente você comprou um carro novo, não é?’; ‘O namorado/marido da sua filha não é nada atraente’; e ‘Quanto custou?’. As perguntas são diversas, assim como suas origens”, pondera.

A especialista enfatiza que os parentes podem acabar esquecendo os limites de privacidade ao indagar sobre questões pessoais. No entanto, é sempre considerado deselegante abordar temas íntimos cujo propósito não é claro para a família.

Para enfrentar comparações frequentes sobre realizações profissionais e transformações físicas, Sofia sugere cultivar a paciência e a resiliência: “Infelizmente, essas situações são bastante recorrentes. E se o comentário vier de um tio ou tia mais velho, que a família costuma rotular dizendo ‘fulano/a não tem jeito’? Respire fundo, solicite permissão e afaste-se do local.”

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Na visão de Sofia, não é possível amenizar a falta de educação ou a invasão do espaço alheio. No entanto, a melhor saída é simplesmente se retirar do ambiente de forma cortês. “Se você é alguém que consegue comunicar muito apenas com o olhar, atenção! Você pode ‘transmitir’ com os olhos o que não irá verbalizar”, adverte.

Mesmo assim, a consultora defende que informar antecipadamente sobre tópicos delicados é uma postura sensata. "Não há nenhum problema em comunicar de forma amigável aos convidados: hoje não devemos falar sobre religião, futebol ou política, tudo bem?".

Como anfitriã, a especialista sugere que se tenha um olhar atento sobre tudo o que acontece e que se intervenha em situações desconfortáveis. "Preste atenção naquele familiar que está bebendo demais. Fique alerta ao outro que costuma afirmar 'sou assim, direto'. Assim que perceber que a conversa esquentou, aja com gentileza. Sorria e diga para que todos escutem: 'bem, esse tema já foi suficiente, vamos seguir para o próximo.'"

E as sogras que não suportam as noras? E aquele tio inconveniente que bebe demais e diz o que lhe vem à cabeça? E o cunhado que se aproveita da situação? Sofia destaca que esses personagens estão em qualquer família, e que é importante tomar atitudes equilibradas para evitar arrependimentos no dia seguinte. “Muitas famílias se reúnem apenas nesta época do ano. Vale a pena provocar conflitos e debates? Vamos tentar manter a calma e ver o próximo com empatia e consideração”, sugere.

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