Petrobras (PETR4) aprova R$ 20 bi em dividendos extraordinários

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PETR4

A Petrobras (PETR4) informou na noite dessa quinta-feira (21) que irá distribuir R$ 20 bilhões em dividendos excepcionais aos seus investidores.

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Foto Suno Notícias

Os dividendos excepcionais da Petrobras são de R$ 1,55 por ação, tanto das ações ordinárias (PETR3) quanto das preferenciais (PETR4) da empresa.

Dessa quantia, R$ 15,6 bilhões são oriundos da reserva de remuneração e do capital da empresa estatal, na forma de dividendos intermediários, enquanto os R$ 4,4 bilhões restantes referem-se aos denominados dividendos intercalares.

Detentora de 36,6% das ações da Petrobras – através do Tesouro Nacional, do BNDES e de sua unidade de participações, o BNDESpar – a União receberá R$ 7,32 bilhões dos R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários anunciados na quinta-feira pela empresa estatal. Com essa nova quantia, o total de proventos destinados pelo governo neste ano alcança R$ 23,46 bilhões. Além desse valor, a União também poderá incluir o pagamento de dividendos regulares referentes ao quarto trimestre, que serão divulgados apenas em fevereiro de 2025.

A empresa esclareceu que, para os acionistas da Petrobras que possuem ações negociadas na B3, o valor será pago em uma única parcela no dia 23 de dezembro. Por outro lado, aqueles que têm ADRs (American Depositary Receipts), que permitem a negociação das ações da empresa na bolsa americana, receberão o pagamento a partir de 3 de janeiro de 2025.

Para o cálculo dos dividendos, será levada em conta a posição acionária no dia 11 de dezembro para os investidores com ações listadas na B3, e no dia 13 de dezembro para os ADRs que são negociados na New York Stock Exchange. As ações da Petrobras passarão a ser negociadas sem direito aos dividendos na B3 a partir de 12 de dezembro de 2024.

De acordo com o plano estratégico apresentado para o período de 2025 a 2029, que também foi divulgado na quinta-feira, a estimativa de investimentos para o próximo ano é de US$ 18,5 bilhões (R$ 107,5 bilhões), o que representa uma redução de 11,9% em relação aos US$ 21 bilhões (R$ 122 bilhões) do plano anterior.

Nos próximos cinco anos, até 2029, a empresa pública planeja investir US$ 111 bilhões (R$ 644,9 bilhões), em comparação aos US$ 102 bilhões estipulados no plano anterior, que abarcava o período quinquenal até 2028. Com isso, observa-se um crescimento de 8,8% no montante de investimentos projetados.

Conforme antecipado pelos especialistas, o plano da empresa estatal deu ênfase à área de exploração e produção (E&P), que receberá investimentos de US$ 77,3 bilhões do total de aportes, o que representa um aumento de aproximadamente US$ 4 bilhões (ou 5,5%) em relação ao que havia sido estimado no plano anterior. O pré-sal continua a ser a principal prioridade dos investimentos da Petrobras, com 60% dos recursos alocados para a área de E&P.

No seu novo plano, a Petrobras elevou o seu teto de endividamento para US$ 75 bilhões (equivalente a R$ 435 bilhões). No planejamento anterior, esse limite era de US$ 65 bilhões (R$ 377 bilhões).

A alteração, conforme esclarece a empresa estatal em um documento, está “alinhada à redução do custo de capital, aos riscos de fluxo de caixa e a uma administração eficaz de caixa e liquidez”. A Petrobras acrescenta que o novo limite “leva em conta métricas de alavancagem sólidas, mesmo em situações de preços baixos do Brent (referência para o valor do barril), além de oferecer maior flexibilidade em relação à crescente importância dos afretamentos na dívida total”.

A Petrobras diminuiu o montante de reserva financeira exigido, passando de US$ 8 bilhões (R$ 46,4 bilhões) para US$ 6 bilhões (R$ 34,8 bilhões).

Com O Estado de São Paulo e o conteúdo do Estadão.

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