Pré-Olímpico de basquete: Brasil vence Filipinas na semifinal e mantém vivo o sonho de Paris

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O Brasil conquistou a vaga na final do Pré-Olímpico Masculino de basquete de Riga, mantendo vivo o sonho olímpico. Neste sábado (6), a seleção brasileira passou por um primeiro tempo complicado, durante o qual ficou em desvantagem no placar na maior parte do jogo. Porém, no segundo tempo, o time voltou com força total e conseguiu vencer a semifinal contra as Filipinas por 71 a 60, demonstrando muita determinação. Foi um segundo tempo empolgante, o melhor da equipe na competição, com uma defesa sólida e um ataque eficiente. O destaque mais uma vez foi Bruno Caboclo, que marcou 15 pontos, pegou 11 rebotes, bloqueou dois arremessos e fez três roubos de bola.

A partida decisiva ocorrerá às 13h no próximo domingo (7). Em caso de vitória, o Brasil garantirá sua vaga em Paris, pois ficou de fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Apenas o campeão do torneio se classificará para as Olimpíadas. O adversário será a equipe da Letônia, que venceu Camarões por 72 x 59, com destaque para seu desempenho no último quarto.

A seleção brasileira avançou para a final do Pré-Olímpico com dois triunfos e uma derrota. Iniciou a competição vencendo Montenegro por 81 a 72. No segundo jogo da fase de grupos, acabou perdendo para Camarões por 77 a 74. Mesmo assim, conseguiu avançar em primeiro lugar no grupo devido ao saldo de pontos. Na semifinal de hoje, venceu as Filipinas por 71 a 60 em sua melhor atuação no Pré-Olímpico.

Enterrada de Bruno Caboclo durante a partida contra as Filipinas na semifinal do Pré-Olímpico de Riga — Foto: FIBA

O início da partida foi marcado por uma cesta de três pontos de Gui Santos para o Brasil. Depois de erros cometidos por ambos os times, a seleção brasileira conseguiu abrir 5 a 0 com uma jogada característica de Bruno Caboclo: uma disputa intensa no garrafão, seguida de rebote e pontuação. Logo em seguida, Caboclo empolgou a torcida com uma enterrada que elevou o moral da equipe. No entanto, após várias tentativas frustradas de arremessos de longa distância por parte do time brasileiro, os filipinos começaram a acertar os seus, virando o placar para 8 a 7. Pouco depois, Lucas Dias acertou o primeiro arremesso de três pontos do Brasil, igualando o placar em 10 a 10.

Porém, uma série de novos equívocos por parte do time brasileiro possibilitou que a equipe das Filipinas abrisse uma vantagem de 22 a 12, no final do primeiro quarto. O lado brasileiro estava com dificuldades em acertar as cestas: de dez tentativas de arremesso de três pontos, apenas duas foram bem-sucedidas. Enquanto isso, os americanos naturalizados filipinos, Dwight Ramos, Justin Brownlee e Chris Newsome, estavam se tornando cada vez mais à vontade em campo.

Bruno Caboclo entre cinco jogadores das Filipinas na semifinal do Pré-Olímpico de Riga — Foto: FIBA

Faltando seis minutos para o final do segundo quarto, a diferença diminuiu para sete pontos depois de Yago acertar um arremesso de três, colocando o placar em 26 a 19. A partir daí, a equipe brasileira melhorou na defesa, dificultando as jogadas dos filipinos e conquistando rebotes, especialmente com Bruno Caboclo, que pegou sete nos dois primeiros quartos. No entanto, no ataque, os jogadores continuaram errando oportunidades, com apenas 32% de aproveitamento nos arremessos. Mesmo assim, a seleção conseguiu reduzir um pouco a diferença e foi para o intervalo perdendo por 33 a 27.

Georginho se destaca na semifinal contra as Filipinas no Pré-Olímpico de Riga - Foto: FIBA

Outra equipe brasileira voltou do intervalo com um desempenho impressionante, não apenas se destacando na defesa, mas também acertando uma sequência de três arremessos, dois deles de três pontos, feitos por Georginho e Leo Meindl, conseguindo virar o jogo contra as Filipinas. Com a vantagem de 35 a 33 no placar para o Brasil, o técnico Tim Cone pediu tempo. Com Caboclo dominando nos rebotes e bloqueios e empolgando a torcida com uma enterrada sensacional, o Brasil conseguiu marcar 14 pontos seguidos no terceiro quarto, abrindo uma diferença de oito pontos, com 41 a 33. Didi Louzada e Georginho também se destacaram no jogo, e o Brasil ampliou a vantagem para 12 pontos, terminando o terceiro quarto com o placar de 51 a 39. Foi o melhor quarto do Brasil em toda a competição, tanto na parte defensiva quanto na parte ofensiva.

Leo Mendl conduz a bola durante a semifinal do Pré-Olímpico de Riga, diante das Filipinas - Foto: FIBA

No quarto período, a diferença na pontuação chegou a ampliar para 16 pontos, com o Brasil liderando por 67 a 51. A equipe manteve a consistência e não correu riscos de perder a vitória em nenhum momento. Mesmo com uma vantagem de mais de dez pontos, continuou jogando com determinação, com uma defesa forte até o final da partida. O placar de 71 a 60 mostrou a garra presente na atuação do segundo tempo, daquelas que inspiram o torcedor a sonhar. É esse o espírito que se espera na grande final.

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