Rafael Nadal deixa aberta chance de jogar as Olimpíadas: "Adoraria"

19 Maio 2023

Rafael Nadal diz que pretende se aposentar em 2024

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- É difícil para mim prever o que vai acontecer, como vai ser minha situação, como meu corpo vai estar. Não quero dizer uma coisa e depois fazer outra. É melhor ter as opções abertas e ver o melhor calendário possível. Quero jogar os torneios que são importantes para mim, e claro que as Olimpíadas são umas das competições em que eu adoraria estar. Se vai ser meu último torneio não posso dizer agora - disse o tenista.

Rafael Nadal tênis — Foto: REUTERS/Miquel Borras

Nadal tem dois ouros em Olimpíadas. Foi campeão de simples em Pequim 2008 e de duplas na Rio 2016. Ele também é o maior campeão de Roland Garros, com 14 títulos. No ano que vem, o saibro do Grand Slam de Paris também vai ser o palco dos Jogos Olímpicos.

Rafael Nadal anuncia desistência de Roland Garros por lesão

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Nadal não entra em quadra desde 18 de janeiro, quando foi eliminado na segunda rodada do Australian Open. Ele vinha recusando convites para torneios desde então. Nesta quinta-feira anunciou que não vai defender seu título de Roland Garros. Vai ser a primeira vez desde 2005 que o espanhol não vai estar na chave principal do Grand Slam de Paris.

- Preciso colocar um ponto no que é a minha carreira esportiva. E o que eu vou fazer é tentar preparar meu corpo durante os próximos meses. Não vou colocar uma data de retorno, minha intenção é quando me sinta preparado fisicamente. E suponho que quando isso ocorra mentalmente estarei preparado. Poderia ser um objetivo tentar chegar a final do ano e tentar jogar a Copa Davis. E tentar encarar o ano que vem da forma que eu acredito, no que deve ser meu último ano. Este seria meu objetivo, parar para tentar encarar provavelmente o último ano da minha carreira esportiva ao menos com a garantia de poder aproveitar (a despedida) - disse o tenista.

Principais tópicos da coletiva de Nadal

Acredita que pode voltar a ganhar um Grand Slam?
Se vou voltar a ser competitivo, para lutar para ganhar um Grand Slam, eu não sei. Não sou uma pessoa irracional. Sei a dificuldade da situação, mas por que não? Também não sou uma pessoa negativa. Vou tentar me dar a oportunidade de voltar a competir. Como eu disse, deve ser meu último ano. Depois nunca sabemos o que vai acontecer. Mas vou tentar que meu último ano não seja apenas de turnê. Quero competir no mais alto nível e tentar ganhar esses torneios (Grand Slam). Vou lutar para isso, mas temos de esperar para isso.

Sobre o processo da decisão de parar em 2024
Você se escuta e vai entendendo que é um processo de aceitação, de honestidade consigo mesmo. Não são decisões dramáticas. Tudo tem um final, esportistas, artistas, atores, todas as pessoas em algum momento da vida. Se acaba uma etapa da vida. Creio que desfrutei bons momentos, que jamais poderia sonhar viver. Vou começar outra etapa da vida, que vai ser diferente, mas não tem por que ser menos feliz. Essa é a realidade. Aceitar as coisas com naturalidade. Acho que nos próximos meses vou poder desfrutar de coisas que não pude nos últimos 20 anos, um pouco de liberdade com os horários. Tudo para que esse meu último ano (em 2024) seja especial. Se meu corpo responde, tenho fé que poderei fazer algo que valha a pena o esforço.

Sobre repensar aposentadoria caso retome a melhor forma física
É difícil me imaginar nessa situação, porque não sou uma pessoa iludida. Sou uma pessoa positiva, mas não iludida. Difícil imaginar com os problemas que meu corpo teve nos últimos anos que haja uma mudança de tendência do meu corpo e como magia ele esteja perfeita. Disse antes de tudo que minha intenção é essa. O que pode acontecer no futuro, não posso prever. Tudo é possível nessa vida, mas é improvável.

Sobre acompanhar Roland Garros de longe
Não sei como vai ver a sensação, porque nunca vivi isso. Não vi de longe nenhuma vez. Em 2016 vi a partir da terceira rodada. Vi tudo de Mallorca. É uma faceta mais da vida. Vou ver como todo mundo vê. Não vou ver todo jogo, mas vou ficar feliz em acompanhar.

Sobre elogios de Novak Djokovic
Me parece lógico quando sou o atual campeão do torneio. É a realidade. Sou a pessoa que mais vezes ganhou ali. A história que esse torneio tem comigo. São muitos anos de grandes resultados. É lógico que as pessoas esperam que eu volte. E entendo o Djokovic, porque no sentido histórico é o confronto mais vivido do tênis. Eu vivi as duas rivalidades. Primeiro com Federer, depois veio o Novak. Entendo que me considere seu maior rival.

Sobre Roland Garros ter sucesso sem Nadal
Minha fala não vai mudar. Como há alguns anos quando Novak não pôde jogar o Australian Open. Torneios duram para sempre. Jogadores jogam e partem. Roland Garros vai ser sempre Roland Garros, comigo ou sem mim. Vai ser um campeão de Roland Garros. Não vai ser eu, vai ser outro. A vida é assim. Com certeza o torneio vai ser um sucesso mesmo sem mim. Tudo de melhor para Roland Garros.

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