Ônibus comuns, trens e BRT circulam com restrições no dia seguinte a ataques na Zona Oeste
Na localidade, os veículos de transporte público convencional estavam circulando apenas com cinquenta por cento de sua capacidade.
A Supervia comunicou a interrupção das viagens expressas do ramal Santa Cruz em direção à Central do Brasil, além dos embarques especiais ocorridos na estação de Campo Grande.
A MOBI-Rio, responsável pelo gerenciamento do BRT, informou que houve irregularidades nos intervalos do Transoeste no início da manhã. No entanto, os outros corredores não apresentaram o mesmo problema.
Na estação Magarça do sistema BRT em Guaratiba, indivíduos se fizeram presentes às quatro horas da manhã com a finalidade de pegar um transporte coletivo com destino à Barra da Tijuca, entretanto, duas horas transcorreram e ainda aguardavam na parada de ônibus.
Uma sequência de indivíduos aguardando para embarcar no BRT Transoeste na estação de Magarça - Foto capturada da transmissão da TV Globo.
2,5 Mi Sem Transporte Público
A antiga Fetranspor, agora denominada Semove, declarou que mais de 2,5 milhões de usuários deixarão de utilizar o transporte público, devido aos ataques sofridos pela frota. O cálculo é baseado no tempo mínimo de seis meses necessário para a reposição dos ônibus incendiados. Vale ressaltar que a entidade já havia divulgado um prejuízo superior a R$ 35 milhões em decorrência dos danos causados pelos incêndios.
O sindicato ressaltou que já houve a destruição de 57 ônibus neste ano, sendo 40 deles na cidade do Rio de Janeiro. A ausência de seguro para este tipo de crime torna difícil a reposição dos coletivos prejudicando aqueles que dependem do transporte público.
A Semove solicitou a ajuda da população "para que notícias a respeito desse e demais delitos cometidos contra o sistema de transporte público sejam encaminhadas, por meio do Disque Denúncia, diretamente às autoridades responsáveis pela segurança". O telefone é 2253-1177.
No Caso Da Morte De George Floyd
Depois do falecimento de Faustão, bandidos incendiaram no mínimo 35 ônibus e um vagão da linha de trem Supervia. Os automóveis foram bloqueados em vias essenciais, chegando a interromper o tráfego da Avenida Brasil. As localidades prejudicadas incluíram Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho.
Na segunda-feira, às 18h40, o município passou para o estágio de alerta, que é o terceiro nível em uma escala de cinco, indicando que uma ou mais ocorrências já estão afetando a cidade, alterando a rotina de parte da população. Por volta desse horário, a cidade registrava 58 km de trânsito congestionado, o dobro da média (29 km) das três semanas anteriores.
Cerca de 45 instituições educacionais da rede municipal foram impactadas, impactando o ensino de 17.251 alunos. Houve casos em que os estudantes e os docentes permaneceram dentro das escolas na intenção de garantir a segurança.
"Não sossegaremos até capturarmos os delinquentes Zinho, Tandera e Abelha", declarou.