Candidato a presidente do Senado, Marinho diz que se eleito não ...

31 Jan 2023
Rogério Marinho

Marinho deu a declaração ao conceder entrevista ao "Estúdio i", da GloboNews.

"Para mim, não existe tema tabu. Projetos que estão sendo procrastinados em função de dificuldades do ponto de vista ideológico precisam necessariamente ser debatidos, pelo bem da democracia", declarou Marinho na entrevista.

"A democracia exige, pede que haja o debate e que a maioria seja exercida quando for o caso. Isso significa inclusive que, caso o presidente da República mande projetos relevantes e importantes para o Senado, eu não vou fazer o papel de obstruir. Não é o meu papel. Serei um presidente que vai levar em consideração sempre o bom funcionamento da Casa", acrescentou o candidato à presidência da Casa.

Atos golpistas

"Não compactuo e não estimulo esse tipo de prática. [...] Quem cometeu esse tipo de crime precisa ser identificada, ter individualizada a culpa e precisa ser processado e, eventualmente, ao final do devido processo legal, imputadas as penas. Esta é a nossa posição", disse Marinho.

O candidato acrescentou afirmando não acreditar que os vândalos bolsonaristas radicais representem todos os eleitores do ex-presidente.

Conselho de Ética

Questionado sobre as providências que devem ser tomadas contra senadores que teriam apoiado os ataques golpistas de 8 de janeiro em Brasília, Marinho afirmou que é preciso esperar que algum partido ou parlamentar acione a Casa e citou o Conselho de Ética.

“O princípio da magistratura, e o princípio do presidente de um poder é que ele precisa ser provocado. Ele não deve nesses casos agir de ofício, por isso que tem a Comissão de Ética da Casa. Na hora em que houver a provocação as instâncias devem funcionar”, disse.

Prisão de Anderson Torres

Marinho também foi questionado sobre a prisão de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF.

Para Marinho, a prisão do ex-colega de Esplanada causou "constrangimento", mas "parece um pouco precipitada".

Anderson Torres comandava a secretaria no dia dos atos terroristas, mas estava nos Estados Unidos. Ele foi preso quando voltou ao Brasil por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por suposta omissão em relação ao esquema de segurança da capital. Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal.

"É evidente que a prisão do Anderson, para nós, causa constrangimento, e me parece um pouco precipitada porque ele estava fora do Brasil. Mas quem tomou a decisão certamente tem os elementos que justifica, eu não os conheço", afirmou Marinho.

Busca por apoio

Ministro do Desenvolvimento Regional durante o governo Jair Bolsonaro, Marinho busca o apoio de senadores de oposição ao governo Lula e também de parlamentares de partidos da base ou independentes e que não apoiam Rodrigo Pacheco.

Na semana passada, por exemplo, a bancada do PSD, partido de Pacheco, se reuniu para discutir a eleição do Senado, mas não anunciou decisão.

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