“Sinal de que estava na mão certa”, diz Simone sobre espionagem da Abin

Simone

Uma relação de indivíduos sob monitoramento inclui a Ministra do Planejamento, Simone Tebet e a Senadora Soraya Thronicke (do partido Podemos).

Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento, está na lista de políticos espionados por uma organização criminosa que operava na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ela aguarda as conclusões das investigações realizadas pela Polícia Federal (PF) e acredita que isso será uma comprovação de que sempre agiu de forma correta ao combater as ações do antigo governo de Jair Bolsonaro (PL).

A senadora Soraya Thronicke (Podemos) está entre os políticos e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) listados como vítimas de espionagem, em informação fornecida à imprensa da Band por uma fonte da Polícia Federal. A vigilância foi realizada através de um sistema governamental que utilizava ferramentas de geolocalização.

Simone Tebet afirmou que, caso tenha sido monitorada de forma ilegal por esses indivíduos, isso significa que estava seguindo o rumo adequado e na mão justa.

Durante o mandato de Bolsonaro, a ministra foi senadora e menciona um grupo suspeito de ter usado a Abin, um departamento governamental, para espionagem ilegal. Na ocasião, ela desempenhou um papel ativo na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado sobre a Covid-19, que investigou a atuação do governo federal no combate à pandemia.

O mecanismo de espionagem foi ativado em mais de 60 mil ocasiões, o que leva os agentes de polícia ainda a investigarem a operação da célula criminosa em questão. Por meio de informações de fontes dentro da Polícia Federal, o jornalista Túlio Amâncio expôs o fato de que aliados de Bolsonaro que se afastaram de seu círculo político também foram incluídos na lista de espiados, incluindo alguns ministros.

De acordo com as averiguações, o grupo criminoso teria como líder o policial federal Alexandre Ramagem, que já esteve à frente da Agência Brasileira de Inteligência, porém o vereador da cidade do Rio de Janeiro e filho do então chefe de Estado, Carlos Bolsonaro, estaria envolvido no plano. Ambos negam ter participado das atividades da organização e ainda não foram convocados a prestar depoimento pela Polícia Federal, segundo a notícia divulgada pela emissora Bandeirantes.

A Operação Vigilância Aproximada já resultou na realização de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal, embora pormenores não tenham sido divulgados. Apesar disso, o Jornal da Band mencionou os nomes de políticos e juízes do STF que foram alvo das atividades de espionagem.

Repudiando a situação, a Senadora Soraya expressou sua determinação em esclarecer a verdade e afirmou que até mesmo seus familiares foram alvo de espionagem. Soraya destacou que nada é mais grave do que ter seus entes queridos sendo monitorados ilegalmente pela Abin. A Senadora questionou o motivo pelo qual as autoridades monitoram até mesmo os cônjuges e filhos dos políticos e ressaltou que ela não medirá esforços para buscar as respostas necessárias.

De acordo com um comunicado divulgado pela PF, os suspeitos estão sendo investigados por crimes como acessar ilegalmente dispositivos eletrônicos de terceiros, participar de organizações criminosas e interceptar comunicações telefônicas, de informática ou telemáticas sem autorização judicial ou com propósitos não permitidos por lei.

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