Campeão da CONMEBOL Libertadores de 1992 - SPFC

17 Junho 2024
SPFC

O adepto do São Paulo nunca esquecerá o 17 de junho de 1992. Nessa ocasião, no estádio Morumbi, o São Paulo venceu o Newell's Old Boys, da Argentina, nos pênaltis por 3 a 2 e levou para casa a CONMEBOL Libertadores pela primeira vez. Esse fato se repetiu nos anos de 1993 e 2005.

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Foto Sao paulo F.c

Raí marcou o gol da vitória aos 22 minutos da segunda etapa, possibilitando que o time de Telê Santana fosse para os pênaltis após o final do jogo em 1 a 0. A cobrança de Gamboa foi barrada por Zetti, garantindo, assim, a tão aguardada vitória e levando os fãs presentes no Morumbi a invadirem o campo para celebrar com seus heróis e tornar a noite inesquecível.

Raí, o ícone eterno do São Paulo, levantou a Taça Libertadores e consagrou a dedicação da equipe, que batalhou no campo para adicionar mais um troféu à coleção do clube. A celebração dos fãs fervorosos de São Paulo tomou as ruas da cidade dinâmica, mas que teve que diminuir sua correria para ver o desfile dos vitoriosos e seus seguidores entusiasmados. A festa dos jogadores, do corpo técnico, dos líderes e dos membros da equipe culminou em um restaurante da capital.

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Foto Sao paulo F.c

O desejo, que começou há um ano com o tricampeonato nacional, quase se transformou em um pesadelo após a surpreendente derrota por 3 a 0 para o Criciúma na primeira rodada. O treinador Telê Santana não valorizava o campeonato, que por décadas foi marcado pela violência e o uso de drogas, e escalou uma equipe mista.

Entretanto, sob forte pressão, a Conmebol acabou cedendo e passou a implementar o sistema de controle de dopagem, ainda que nos jogos do São Paulo FC (mesmo que o clube tivesse que arcar com as despesas). Depois de encarar esses conflitos políticos e internos, a altitude dos Andes se tornou o próximo obstáculo a ser superado, e a comissão técnica encabeçada por Moracy Sant’Anna recorreu ao avanço técnico e científico para vencer o desafio.

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Foto Sao paulo F.c

Um por um, os rivais foram sendo eliminados. San José, Bolivar, Criciúma (em retaliação), Nacional de Montevidéu, Criciúma mais uma vez (por terem provocado) e, após vencer o Barcelona de Guayaquil, chega a grande final contra a equipe argentina liderada por ‘El Loco’ Bielsa, o Newell's Old Boys.

No primeiro jogo decisivo, houve uma derrota por um gol de diferença. Mesmo assim, a confiança na equipe permaneceu forte para a partida de volta, que ocorreria no estádio Morumbi, que prometia ser fervoroso. Comandados pelo talentoso Raí, a equipe Tricolor não teve piedade dos seus adversários argentinos, que resistiram bravamente, chegando até mesmo a salvar um gol em cima da linha.

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Foto Sao paulo F.c

Apesar das dificuldades enfrentadas, o time de Buenos Aires só cometeu um erro aos 22 minutos do segundo tempo, quando Gamboa acabou cometendo uma falta em Macedo - um dos principais nomes no triunfo do Tricolor. Macedo, que é uma jovem estrela do São Paulo, entrou no segundo tempo no lugar de Müller e conseguiu sofrer uma falta na sua primeira jogada. O próprio Raí cobrou o pênalti e garantiu a vitória do São Paulo, levando o jogo para a decisão através das penalidades.

O processo de reivindicação do time foi desigual. Somente os jogadores argentinos participaram da disputa, enquanto os jogadores do São Paulo tiveram o auxílio de duas outras pessoas. O preparador de goleiros, Valdir de Moraes, estudou cuidadosamente o método dos adversários ao cobrar os pênaltis, e Alexandre, o goleiro reserva, transmitiu as informações a Zetti durante as penalidades.

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Foto Sao paulo F.c

Berizzo sofreu uma derrota. Raí marcou mais um gol. O time Zamora ganhou de Zetti, mas Ivan também conseguiu balançar a rede. Llop empatou a partida, e o placar permaneceu dessa maneira, já que Ronaldão errou seu chute. Então, Mendoza fez a mesma coisa e chutou a bola por cima do gol. Cafu deu a vantagem para o São Paulo, que venceu por 3 a 2.

A derradeira cobrança da sequência comum ficou a cargo de Gamboa. Zetti demonstrou habilidade excelente. Pulou para o lado esquerdo e, invertendo o lado da mão, afastou a bola para longe. Foi uma escolha feita. Pela primeira vez, o São Paulo tornava-se vencedor da CONMEBOL Libertadores!

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Foto Sao paulo F.c

Os melhores instantes da determinação.

Os lucros e a audiência foram divulgados: foi arrecadado um total bruto de CR$ 1.072.490.000,00 com um público pagante de 105.185 indivíduos. Fontes extraoficiais confirmam que mais de 15 mil pessoas entraram sem pagar ingresso e assistiram ao jogo, além de uma multidão que se aglomerou do lado de fora do estádio e seus arredores.

O juiz determina que as penalidades máximas serão realizadas no poste que está localizado próximo à entrada principal do estádio Morumbi. O Newell's Old Boys é o primeiro a cobrar.

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Foto Sao paulo F.c

Após a defesa do pênalti de Gamboa por Zetti, garantindo a primeira vitória do São Paulo na Copa Libertadores da América, a torcida do time explodiu em alegria. Mais de 105 mil torcedores compareceram ao estádio do Morumbi na noite de 17 de junho de 1992, o que resultou em um novo recorde de arrecadação nacional de CR$ 1.072.490.000,00. Grande parte dos fãs invadiu o campo para celebrar com seus jogadores favoritos, comemorar com amigos e tentar comprar lembranças desse dia memorável.

Os fãs carregaram consigo os arcos que compõem o gol, as bandeiras que delimitam a área do escanteio, tufos de grama, pedaços de solo, partes das roupas dos jogadores, incluindo as reservas e até mesmo um dos bancos secundários!!! Uma celebração generalizada estava acontecendo. Os jogadores estavam parecendo estar no paraíso com a vitória. Telê foi às lágrimas. O animo instantaneamente se alastrou pela cidade, suplantando as vias, bares e restaurantes. De onde houvesse um entusiasta são-paulino, lá surgiria uma celebração, tomando as ruas, uma carreata, ou simplesmente festejando.

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Ao lado do campo, Raí levantou a Taça Libertadores após receber o prêmio. Ele compartilhou com o jornal Folha de São Paulo que seu coração saltou para a garganta quando o juiz marcou o pênalti para Macedo, que garantiu a vitória para o Tricolor no tempo normal. "Minha mente foi direto para a Libertadores de 74, quando o São Paulo teve um pênalti a favor no tempo normal, mas não converteu e perdeu o título. Eu pensei comigo mesmo: a história não pode se repetir", disse o capitão. Enquanto isso, Antônio Carlos comemorava ao lado dele, segurando a bandeira do São Paulo, enquanto Zetti festejava ao fundo.

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Zetti, Alexandre e Valdir Joaquim de Moraes se uniram para formar um verdadeiro grupo de espionagem. Valdir se dedicou a estudar e anotar todas as maneiras de cobrar pênaltis dos jogadores argentinos, que venceram a semifinal após uma longa maratona de penalidades (superando o América da Colômbia por 11 a 10 nessa modalidade). Enquanto isso, Alexandre passava instruções para Zetti do meio do campo, indicando como cada jogador argentino tocava na bola.

No entanto, todo esse sucesso só foi possível graças à intervenção providencial de Macedo, um jovem aclamado pela torcida que entrou no segundo tempo em substituição a Müller. Na sua primeira participação como atacante, ele sofreu uma falta dentro da área, resultando em um pênalti que Raí cobrou, dando a vitória ao São Paulo e levando o jogo para os pênaltis. Macedo, um tanto inexperiente, não sabia o nome do time adversário, referindo-se a eles como "Boys alguma coisa". No final, Macedo reconheceu que, embora tenha sido derrubado na área, contribuiu um pouco para que o juiz marcasse a falta: "Eu fui empurrado e acabei caindo. Foi mais ou menos um pênalti", disse ele ao jornal Estado de São Paulo.

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Palhinha, que encerrou a competição como o maior goleador, com sete tentos, chegou ao clube por meio de um empréstimo do América-MG e, após a conquista, foi adquirido definitivamente por $400 mil. Todos os atletas, por sinal, foram premiados com aproximadamente $10 mil. As celebrações do time, equipe técnica, dirigentes e sócios tiveram fim no Gallery. Por outro lado, a festa da torcida se espalhou pelos quatro cantos da cidade e se propagou por todo o Brasil, permanecendo na mente dos torcedores do São Paulo e até mesmo dos adversários, que passaram a dar mais valor ao torneio.

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Em dezessete de junho de mil novecentos e noventa e dois, ocorreu um evento na cidade de São Paulo, localizada no Brasil.

O Morumbi foi o palco da partida entre São Paulo Futebol Clube e Club Atlético Newell's Old Boys, na qual o São Paulo venceu por 1 a 0. Na disputa de pênaltis, a equipe de São Paulo saiu vitoriosa por 3 a 2.

O time titular do SPFC era formado por Zetti, Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan na linha de defesa, com Adílson, Pintado e Raí (como capitão) no meio-campo. No ataque, estavam Muller (que mais tarde foi substituído por Macedo), Palhinha e Elivélton. O técnico responsável pelo time era Telê Santana. O gol do time foi marcado por Raí, através de um pênalti, aos 22 minutos do segundo tempo.

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DUPLA DELINEAÇÃO: Scoponi, Saldaña, Gamboa (líder), Pocchettino e Berizzo; Llop, Berti e Martino (Domizzi); Zamora, Lunari e MendozaTreinador: Marcelo Bielsa

O árbitro do jogo foi José Joaquín Torres Cadenas, sendo auxiliado por Jorge Zuluaga e John Redón, todos da Colômbia. A renda arrecadada foi de Cr$ 1.072.490.000,00 e o público presente foi de 105.185 pagantes.

Na disputa por pênaltis, Berizzo acertou a trave, enquanto Raí marcou um gol. Zamora também acertou a rede, assim como Ivan e Llop. Ronaldão, no entanto, perdeu sua cobrança. Mendoza chutou sobre o gol e Cafu marcou. Gamboa acertou Zetti e errou a cobrança. Pintado não precisou bater.

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Na Primeira Fase, em 6 de março de 1992, o CRICIÚMA Esporte Clube (SC) venceu por 3 a 0. Em 17 de março de 1992, o Club SAN JOSE (Bolívia) perdeu por 3 a 0. Em 20 de março de 1992, houve um empate de 1 a 1 entre o BOLÍVAR Independiente Unificada (Bolívia) e o adversário. Em 1º de abril de 1992, a equipe CRICIÚMA Esporte Clube (SC) venceu por 4 a 0. Em 7 de abril de 1992, houve um empate de 1 a 1 entre o Club SAN JOSE (Bolívia) e o rival. Em 14 de abril de 1992, o BOLÍVAR Independiente Unificada (Bolívia) perdeu por 2 a 0. Nas Oitavas-de-Final, em 28 de abril de 1992, o Club NACIONAL de Football (Uruguai) perdeu por 1 a 0. Em 6 de maio de 1992, a mesma equipe perdeu novamente, desta vez por 2 a 0. Nas Quartas-de-Final, em 13 de maio de 1992, a equipe CRICIÚMA Esporte Clube (SC) perdeu por 1 a 0. Em 20 de maio de 1992, houve um empate de 1 a 1 entre as equipes. Nas Semifinais, em 27 de maio de 1992, o BARCELONA Sporting Club (Equador) perdeu por 3 a 0. Em 3 de junho de 1992, a mesma equipe perdeu por 2 a 0. Nas Finais, em 10 de junho de 1992, o Club Atlético NEWELL'S OLD BOYS (Argentina) venceu por 1 a 0. Em 17 de junho de 1992, a mesma equipe perdeu por 1 a 0, mas venceu nos pênaltis por 3 a 2.

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Foto Sao paulo F.c

Marcadores Palhinha - 7 tentos Raí - 3 tentos Müller - 2 tentos Elivélton - 2 tentos Antônio Carlos - 2 tentos Macedo - 2 tentos Ronaldão - 1 tento Rinaldo - 1 tento

Melhor marcador da competição.

Michael Serra e o Arquivo Histórico João Farah colaboram juntos.

Fotografias de Daniel Augusto Jr, Nelson Coelho e Ricardo Correia da Abril Imagens, Orlando Kissner da Agência Estado, Arnaldo Fiaschi do Arquivo Histórico João Farah, e da Conmebol, El Grafico, Folha Imagens e Gazeta Press.

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Foto Sao paulo F.c
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