Qual seria o ganho financeiro do Papão, se subir à Série B?
Se conquistar o acesso à Série B, o Paysandu pode até dobrar o orçamento anual, que está em R$ 15 milhões. É que além da cota de R$ 10 milhões pelos direitos de TV, sobem os patrocínios e diversas possibilidades comerciais. Isso vai ser resolvido na vida dos clubes em seis jogos do quadrangular, de 2 ou 3 de setembro a 7 ou 8 de outubro.
Para 2024, está previsto um aumento na cota de Série B, em torno de R$ 500 mil. Assim, cada clube deve ficar com um líquido próximo de R$ 9,6 milhões, pelo desconto de impostos e outras taxas. Para o Paysandu, sem dúvida uma transformação, já que a Série C só oferece o custeio das viagens e cota de R$ 800 mil na primeira fase, mais R$ 240 mil na segunda.
No Remo o incremento é pelo fim da dívida
Por ter quitado a dívida trabalhista, o Remo se livra dos bloqueios de patrocínios. O presidente Fábio Bentes diz que isso representa R$ 5 milhões a mais no fluxo financeiro do clube, a ser herdado pelo seu sucessor.
O fim da histórica dívida trabalhista, que durou cinco décadas e parecia impagável, simboliza bem os avanços do Remo nos últimos anos. Avanços que, no entanto, não entraram em campo. Traduzir esse novo Remo em futebol é desafio que fica para a diretoria a ser eleita no próximo dia 11 de novembro.
BAIXINHAS
* Se não for derrotado pelo Confiança, sábado, o Paysandu estreará no quadrangular com dois meses de invencibilidade. O time bicolor não perde há sete jogos.
* Na "era" Hélio dos Anjos o Paysandu tem 70,8% de aproveitamento, com 17 pontos conquistados em 24 disputados. São os melhores números do campeonato no período. Antes, o Papão tinha 40%, com três vitórias, quatro derrotas e três empates.
* Ricardo Catalá recebeu o Remo na lanterna, sem ponto algum em quatro rodadas. Com ele o Leão conquistou todos os 22 pontos, em 14 jogos, com cinco vitórias, sete empates e apenas duas derrotas. Com esses 52,3% de aproveitamento desde o início, o Leão estaria classificado.
* A grande melhora do Leão foi no rendimento defensivo. O time que teve média de 2,25 gols tomados por jogo na "era" Marcelo Cabo, derrubou a média para 0,57 na "era" Catalá: 8 gols tomados em 14 jogos.
* O Paysandu de Márcio Fernandes e Marquinhos havia tomado 17 gols em 10 jogos (1,7 por jogo). Com Hélio dos Anjos tomou 8 gols em 8 jogos. Essa média de um gol tomado a cada jogo é incômoda para quem vai disputar acesso na próxima fase.
* Em Aracaju o Papão vai cumprir tabela sem quatro ou cinco titulares, suspensos (Robinho e Nicolas Careca) ou poupados (Mário Sérgio, Vinícius Leite...). O Confiança, que precisa da vitória para avançar, trata esse confronto como "jogo do ano".
* Absolutamente oposta será a atmosfera de Remo x Altos, na despedida de ambos. O único objetivo que resta ao Leão é ficar entre os 10 primeiros para fazer um jogo a mais em Belém na Série C de 2024.