China cerca Taiwan durante exercícios militares para intimidar quem defende a independência da ilha

Taiwan

"Determinado A Proteger A Democracia, Presidente De Taiwan Promete Reforma Militar."

A China realizou recentemente exercícios militares que simularam um cerco a Taiwan. Essas manobras aumentam ainda mais a tensão na região e reforçam as preocupações com a possibilidade de um conflito armado entre os dois países. Durante os exercícios, a força armada chinesa envolveu seus navios de guerra, caças e sistemas de mísseis em operações que imitavam um eventual ataque à ilha taiwanesa. Além disso, a China também realizou exercícios de desembarque de tropas e simulação de uma invasão. A relação entre China e Taiwan é extremamente delicada, já que a China considera Taiwan uma província rebelde que deve ser reunificada ao território chinês. Porém, Taiwan se autodeclara um país independente e recusa a autoridade chinesa sobre sua política, economia e sociedade. Esses exercícios militares chineses se somam a um crescente número de provocações e ameaças vindas de Pequim em relação a Taiwan, o que eleva as preocupações com a possibilidade de um conflito armado na região.

Durante manobras militares, a China cercou Taiwan com o intuito de intimidar aqueles que apoiam a busca pela independência da ilha.

O presidente recém-eleito de Taiwan gerou a ira da China. Durante sua cerimônia de posse, na segunda-feira (20), Lai Ching-Te assegurou que preservaria a independência do país, evitando a interferência do governo autocrático chinês. Em retaliação, a China impôs sanções à ilha, que é vista como uma província subversiva por Pequim.

Às aproximadamente 7h45, a chefe das Forças Armadas mais amplas do planeta deu início a uma sequência de manobras militares. Ela colocou 15 embarcações navais da Marinha, 16 da Guarda Costeira e 42 aeronaves ao redor da ilha. O militar taiwanês observou a chegada desses elementos com o auxílio de um binóculo.

Em resposta, o mandatário taiwanês se comprometeu a promover uma restruturação nas forças armadas e afirmou que está empenhado em salvaguardar a democracia.

A geografia de Taiwan apresenta uma vulnerabilidade que precisa ser considerada. Com a maioria da população, portos e setor industrial instalados na costa oeste, a ilha fica exposta ao poderoso vizinho. Diante de um possível conflito, a concentração militar nesta região poderia isolar a ilha e afetar gravemente o fluxo de produtos e alimentos.

Pequim já exibiu seu poderio militar em outras ocasiões antes. Um representante das Forças Armadas dos EUA censurou a penalização realizada pela China. Os Estados Unidos reconhecem o direito de autodefesa de Taiwan, sendo o maior provedor de armas para a ilha. Entretanto, Washington não admite a independência de Taiwan.

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