Governo de SP monta gabinete de crise para enfrentar chuvas previstas para sexta, sábado e domingo

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Tempestade em São Paulo

A divulgação ocorreu em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17), após uma reunião que envolveu o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o prefeito de Taboão da Serra, Aprigio (Podemos), e os representantes das cinco empresas concessionárias de energia do estado.

O coronel Henguel Ricardo Pereira, que atua como secretário-chefe da Casa Militar e coordena a Defesa Civil, esclareceu que a equipe será composta por membros do Corpo de Bombeiros, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e dos setores de saúde e segurança.

A partir desta quinta-feira, grupos da Defesa Civil passarão a monitorar as atividades da Enel a partir do centro de operações da companhia, com o intuito de analisar a mobilização das equipes em situações de clima severo.

"Vamos monitorar o movimento dos veículos de manutenção para verificar se a população está recebendo os serviços adequados, acompanhando cada etapa da operação", afirmou o coronel.

O chefe da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Thiago Mesquita Nunes, reiterou que a Enel não seguiu o plano de emergência durante o blackout da última sexta-feira, que impactou 3,1 milhões de residências.

"Houve um grande problema no evento mais recente. O plano de contingência não é algo inédito. Desde o evento de 3 de novembro do ano passado, demandamos a apresentação desse plano. O que ocorreu, no entanto, foi que ele não foi implementado. No que diz respeito à Enel, deveriam estar atuando cerca de 2.500 profissionais, equipes devidamente mobilizadas. A informação que recebemos — repassada pela empresa, uma vez que não temos acesso direto — indica que havia apenas entre 1.700 e 1.800 profissionais disponíveis."

A Enel informou que reestabeleceu a energia para todos aqueles prejudicados pela tempestade da última sexta-feira, mas muitos moradores ainda estão sem eletricidade em diversas áreas da região metropolitana.

Imóveis Sem Luz Após Seis Dias De Apagão

Durante uma entrevista coletiva realizada nesta manhã, Guilherme Lencastre, presidente da Enel Distribuição SP, declarou que a região ainda conta com aproximadamente 36 mil clientes sem fornecimento de energia - um número bastante similar ao que a empresa registra em dias normais, sem ocorrências extraordinárias.

"Atualmente, temos cerca de 36 mil clientes sem fornecimento de energia, o que indica que nossa operação está quase normal. Contamos com 8,2 milhões de clientes, e em condições regulares, as interrupções costumam variar em torno desse número, 36 mil ou um pouco mais. Nossa equipe de emergência permanece ativa, trabalhando no local. É provável que haja clientes com problemas mais antigos, e estes serão nossos principais focos de atenção a partir de agora", declarou o executivo.

“Atualmente, temos registros de ocorrências a partir do dia 13, mas não há registros nos dias 11 e 12 [logo após a tempestade]. É possível que existam casos isolados [de pessoas sem energia desde a sexta-feira], e nós iremos analisar essa situação. Nas próximas horas, vamos priorizar o atendimento aos clientes que estão sem luz há mais tempo”, acrescentou.

"Se houver uma reincidência, iremos analisar e abordar a situação novamente. Ela será tratada como se fosse o primeiro dia de registro. E nós retomaremos o atendimento", acrescentou.

Guilherme Lencastre, presidente da Enel, concedeu uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17), seis dias após o apagão. — Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO.

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