Globo volta atrás e estende Alma Gêmea para fazer dobradinha com Tieta
A Globo comunicou suas afiliadas nesta segunda-feira (18) que irá prolongar a exibição de Alma Gêmea até o dia 6 de dezembro. Além disso, a emissora reconsiderou a decisão de encerrar a clássica “dobradinha”, que consiste em mostrar a próxima novela do Vale a Pena Ver de Novo -- nesse caso, Tieta -- antes dos episódios finais da novela que está no ar.
De acordo com informações do Notícias da TV, a reprise da novela escrita por Aguinaldo Silva contará com 105 episódios e deve ser transmitida até março. A história será apresentada em cinco blocos diários, cada um com duração de 60 minutos. A estreia permanece agendada para o dia 2 do próximo mês.
Alma Gêmea estava originalmente agendada para concluir sua história no próximo dia 29, mas agora será dividida em partes, prolongando sua exibição por mais uma semana, apesar dos apelos dos telespectadores nas redes sociais para que o episódio final fosse mostrado completo.
A tradição das "dobradinhas" foi iniciada no programa Vale a Pena Ver de Novo em 2014, embora o SBT já utilizasse essa abordagem em sua programação vespertina de novelas mexicanas. Os episódios finais de O Cravo e a Rosa foram exibidos simultaneamente com Caras & Bocas, ambas obras de Walcyr Carrasco.
A opção por Tieta para impulsionar o início do horário nobre foi vista como uma surpresa, especialmente por ser uma produção de 1989. Novelas como A Dona do Pedaço (2019), Cordel Encantado (2011) e até Terra Nostra (1999) foram consideradas para substituir Alma Gêmea.
Gabriel Jacome, responsável pela gestão de conteúdo na Globo, comentou recentemente sobre a decisão de retransmitir a novela estrelada por Betty Faria. "Optar por Tieta marca o início das celebrações dos 60 anos da emissora. É uma das novelas mais assistidas e discutidas da trajetória do canal", destacou em entrevista à coluna Play do jornal O Globo.
"Com uma abordagem repleta de humor e figuras clássicas, apresenta uma relevante análise sobre o Brasil, seus costumes e sua cultura de 35 anos atrás. É uma narrativa atemporal, que foi magistralmente elaborada por Aguinaldo Silva", acrescentou.