Travis Scott faz show seguro e conta com energia do público para criar o universo de “Utopia”.

7 dias voltar
Travis Scott

Com direito a efeitos especiais, fogos de artifício, projeções e um volume ensurdecedor (sem exageros), o rapper americano apresentou um espetáculo que se aproximou do surrealismo. Travis entrou no palco às 21h15, acompanhado das vozes distorcidas de “HYAENA”, a faixa de abertura de seu novo álbum, “Utopia”.

Desde o começo, estava evidente que a apresentação não seria meramente um espetáculo convencional, mas sim uma genuína imersão em um universo concebido por ele. As 46 mil pessoas ali presentes se entregaram a Travis em uma harmonia singular.

Com uma combinação de luzes, chamas e cenários arruinados, ele dirigiu a excitação da plateia como um maestro, orquestrando o tumulto entre ritmos punk e os gritos que reverberavam por todo o estádio.

A Utopia Foi Interpretada De Forma Literal

Os sintetizadores e os sons pesados de faixas como "MODERN JAM" e "TOPIA TWINS" proporcionaram uma atmosfera quase hipnótica ao estádio. Para os fãs mais veteranos, recordações nostálgicas com "Drugs You Should Try" e "Upper Echelon" relembraram as origens de Travis.

Como é habitual em todas as performances de Travis na Circus Maximus Tour, a música ‘FE!N’ foi executada cinco vezes consecutivas, além de mais duas após a canção "K-POP", enquanto os fãs mais animados se agitavam pulando com sinalizadores na mão.

Publicação nos stories de Travis Scott exibindo a bandeira do Brasil — Imagem: Reprodução / Redes sociais

Vivência Do Público Em Show De Travis Scott

No estádio, a atmosfera estava eletrizante, com Travis interagindo com as luzes e mantendo a plateia envolvida. Ao longo da canção "Mo City Flexionist", ele convocou quatro admiradores para o palco, cantando cada verso ao lado deles enquanto se envolvia na bandeira do Brasil.

As rodas de punk se formavam de maneira constante (não é exagero afirmar que a cada 30 segundos) criando um ambiente que lembrava o de uma torcida organizada.

Em determinados momentos, Travis utilizou um elevador, como nas faixas "MY EYES" e "I KNOW?", onde ele reduziu a intensidade e proporcionou uma atmosfera mais tranquila ao espetáculo, estabelecendo uma conexão mais próxima com a plateia.

Um Espetáculo Excessivamente Seguro?

Travis Scott apresentou uma performance sólida e autêntica, semelhante àquelas vistas em suas turnês pelo exterior. Sem se aventurar demais, ele proporcionou uma experiência envolvente, repleta de elementos visuais e sonoros que levaram os fãs brasileiros para o universo de "Utopia".

Entretanto, desapontou as expectativas do público que aguardava a presença de alguns nomes que foram considerados para esse evento, como Playboi Carti, seu colaborador na canção "FE!N".

Travis Scott também teve dificuldades para se comunicar com o público, possivelmente devido à barreira linguística. Uma das primeiras coisas que ele comentou durante o show foi: "Que pasa, São Paulo".

Cenário de Travis Scott na turnê 'Circus Maximus' — Imagem: Mídias sociais / Divulgação.

Mesmo assim, a apresentação foi memorável para os admiradores. Travis demonstrava estar tocado pela reação da audiência e, antes de deixar o palco ao som de ‘Telekanesis’, ele se dirigiu ao público para se despedir pessoalmente, prometendo retornar em breve.

Ler mais
Notícias semelhantes