Américo Martins: Ajudas recorrentes de Biden à Ucrânia causaram ruídos no eleitor americano | CNN Brasil
O analista sênior de Relações Internacionais da CNN, Américo Martins, sugeriu que o suporte financeiro constante do governo Joe Biden à Ucrânia pode ter gerado um certo "desgaste" entre os eleitores dos Estados Unidos, o que, possivelmente, influenciou a derrota da vice-presidente e candidata à presidência, Kamala Harris, nas últimas eleições.
De acordo com Martins, desde o início do conflito com a Rússia, que já dura quase três anos, os Estados Unidos têm destinado bilhões de dólares em assistência humanitária, financeira e militar à Ucrânia. Esse suporte significativo, embora essencial para a luta do povo ucraniano, aparenta ter provocado um certo grau de "rancor" em alguns segmentos da sociedade americana.
Efeitos Das Promessas De Trump Nas Eleições
O analista enfatizou que o ex-presidente Donald Trump, que agora foi eleito novamente, aproveitou essa emoção durante sua campanha. Trump garantiu que solucionaria o conflito de forma ágil, considerando o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky como “o melhor vendedor do mundo” devido à sua capacidade de conseguir apoio financeiro de Washington.
Martins destacou, porém, que Trump nunca detalhou de que maneira planejava finalizar o conflito de forma tão ágil. Diversos analistas interpretaram isso como um indicativo de que ele poderia reduzir a assistência à Ucrânia, uma escolha que teria repercussões importantes para a segurança nacional dos Estados Unidos e para a indústria armamentista da Otan.
Desafios Do Novo Governo à Frente
O comentarista da CNN destacou que, ao chegar à Casa Branca, Trump se deparará com uma "realidade intrincada". A situação na Ucrânia abrange não apenas questões de segurança nacional, mas também aspectos econômicos e geopolíticos mais amplos.
"Há diversas outras questões a serem levadas em conta, como a possibilidade de um futuro plano expansionista da Rússia", esclareceu Martins, ressaltando que também existem interesses econômicos relevantes atrelados à indústria de defesa engajada em dar suporte à Ucrânia.
No que se refere ao Oriente Médio, Martins não espera significativas alterações na política externa dos Estados Unidos. Segundo ele, Trump, enquanto presidente eleito, deverá preservar uma estreita relação com Israel e continuar a apoiar o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
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