Líderes ocidentais rebatem Macron e negam envio de tropas para Ucrânia | CNN Brasil

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Os líderes ocidentais rejeitaram a declaração de Emmanuel Macron, presidente da França, sobre a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia. A afirmação foi feita durante uma reunião de líderes europeus em Paris, na última segunda-feira (26).

O representante do governo russo, Dmitry Peskov, declarou hoje (27) que se as nações ocidentais enviarem soldados para a Ucrânia, um confronto com a Rússia é inevitável.

O ministro responsável pela Defesa na França, em sua vez, apoiou fervorosamente o presidente Macron, salientando que "afirmar que não descartamos nenhuma opção não é sinônimo de debilidade ou aumento de intensidade".

Um membro da Otan, a aliança militar ocidental, informou à CNN que não está sendo considerada a possibilidade de enviar tropas de combate para a Ucrânia. Ele destacou que, em conjunto com os seus aliados, estão fornecendo um apoio militar sem precedentes ao país e seguirão auxiliando a nação europeia da forma como têm feito até o momento.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos reafirmou que o presidente Joe Biden rejeitou totalmente a possibilidade de enviar soldados norte-americanos para combater na Ucrânia.

O porta-voz Matthew Miller alertou que, embora cada país tenha a liberdade de falar em seu próprio interesse, o presidente deixou claro que os EUA não enviarão suas forças para lutar na Ucrânia. Além disso, o secretário-geral da Otan descartou completamente a possibilidade de enviar tropas da aliança para combater na Ucrânia.

Durante a reunião, o chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou que as nações presentes entraram em acordo, afirmando que "nenhum país europeu nem estado membro da Otan enviará tropas terrestres ou soldados para o solo ucraniano".

O líder supremo da Eslováquia, Robert Fico, advertiu que a sugestão dos países ocidentais de expedir tropas para a Ucrânia resultaria em um“avanço indesejável de tensões”. Fico afirmou que o seu governo não iria “considerar de modo algum enviar tropas eslovacas para a Ucrânia para participar de conflitos armados”.

O chefe de governo polonês, Donald Tusk, assegurou que a Polônia não está cogitando enviar seus militares para a Ucrânia. Contudo, destacou que é importante que a Polônia esteja empenhada em ajudar a Ucrânia a se proteger contra a agressão russa, segundo comunicado da Agência de Imprensa Polonesa (PAP).

Segundo a publicação do ministro húngaro das Relações Exteriores, Péter Szijjártó, o país não está disposto a enviar militares ou armas para a Ucrânia, uma vez que ele acredita que a solução para conflitos como esse é o fim da guerra, e não sua intensificação.

Na terça-feira, conforme informou a Reuters, um representante do primeiro-ministro Rishi Sunak afirmou que o Reino Unido não possui intenções de despachar soldados para a Ucrânia.

O gabinete da líder do governo italiano, Giorgia Meloni, destacou que há uma “coincidência completa” entre os parceiros quanto ao “respaldo” à Ucrânia, entretanto, “nenhuma consideração foi feita” para enviar soldados europeus ou da Otan para a região ucraniana.

Ao expressar sua divergência em relação a Macron, a representante do governo espanhol, Pilar Alegria, declarou que o país prefere focalizar na urgência de "agilizar a distribuição de recursos" para a Ucrânia.

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