Projeto de extensão mostra a alunos da rede pública estadual que “computação é coisa de menina” - Universidade Federal do Paraná

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Em 2023, a cada cinco estudantes ingressantes nos cursos de computação das universidades brasileiras, apenas uma era do sexo feminino. Com o objetivo de incentivar mais meninas a se interessarem por essa área, o projeto de extensão Concat Gurias, vinculado ao Departamento de Informática (Dinf) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), visitou, na última terça-feira (8), nove salas de aula do Colégio Estadual Professor José Guimarães, em Curitiba. A iniciativa busca demostrar que a computação pode ser acessível e até divertida, além de ser um ambiente acolhedor para mulheres.

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Foto Universidade Federal do Paraná

A data foi cuidadosamente selecionada, pois 8 de outubro marca a celebração do Dia Ada Lovelace pela comunidade científica, uma homenagem à primeira mulher programadora da história. Essa comemoração internacional teve início há 15 anos, criada pela ativista Suw Charman-Anderson, com a intenção de ressaltar as realizações de mulheres nas disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, em inglês).

Durante a visita, as equipes do Concat Gurias apresentaram, na prática, conceitos de informática aos alunos da escola, abordando desde o código binário até a melhoria de processos. Eles realizaram simulações de algoritmos e diversos conceitos de programação, inspirados nas contribuições inovadoras de Ada Lovelace e Grace Hopper (linguagens de programação), Hedy Lamarr (comunicações Wi-Fi), Joan Clarke (criptografia) e Margaret Hamilton (Programa Apollo da NASA).

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Foto Universidade Federal do Paraná

“Os estudantes demonstraram grande interesse e o tempo voou. Compartilhamos a narrativa da Ada e realizamos uma atividade prática sobre algoritmos, já que não é necessário usar um computador para isso. Pedimos que descrevessem os passos minuciosamente, desde levantar da cadeira, caminhar até a mochila e beber água. Eles conseguiram, foi realmente divertido”, comentou Nadia Lobkov, aluna do curso de Ciência da Computação na UFPR e uma das participantes do projeto.

A atividade foi organizada por professoras da própria escola. Ana Luiza Mendes, docente de História, soube em um curso de literatura que a primeira programadora mulher era filha do poeta Lord Byron. Ela solicitou o apoio de Luana Barbosa, professora de Desenvolvimento de Sistemas, para viabilizar a dinâmica. Assim, descobriram as Concat Gurias através do Instagram e sugeriram uma visita.

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A manhã se encerrou com uma atividade em grupo, reunindo as turmas do Ensino Médio no pátio da escola para ouvir a coordenadora do projeto, Rachel Reis. Ela mencionou que os cursos de Ciência da Computação e Informática Biomédica estão entre os mais disputados da UFPR e fez um convite especial. “Todos os anos, 80 alunos se matriculam nos cursos de Informática da UFPR, mas apenas dez são meninas. Nossa proposta é demonstrar a vocês que a computação também é para meninas”, enfatizou.

Com dados do Dinf.

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