STER usa funk para manter música clássica viva em novas gerações: 'Não ficou pra trás'

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A violinista e artista de funk STER

Imagem: Reprodução/Instagram e Divulgação/Washington Possato / Revista Contigo

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Foto Terra

Após ganhar destaque nas redes sociais com vídeos em que toca sucessos atuais no violino, STER iniciou sua trajetória como cantora e possui dois projetos autorais: um álbum que ainda não foi lançado e o Funk Erudito, que inclui três singles inéditos — sendo que dois deles já podem ser ouvidos. Em conversa com a Contigo!, a artista, que se destacou no Espaço Favela do Rock In Rio, revela que utiliza o funk como uma forma de manter a música clássica relevante para as novas gerações: "Não ficou no passado", afirma.

STER revela que sua conexão com a música começou na infância, influenciada por sua mãe, que é pianista e professora de música. Desde cedo, a jovem e sua irmã foram incentivadas a explorar o universo artístico. "Ela sempre nos motivou, a mim e à minha irmã, a crescermos imersas na música. Participávamos de eventos na igreja e em diversas atividades escolares, e ela sempre nos incluía, desde que éramos pequenas", conta.

De acordo com a cantora, a expectativa da mãe era que ela aprendesse a tocar piano. No entanto, o instrumento que realmente a cativou foi o violino. "A primeira vez que vi um violino foi em um filme da Barbie, e me encantei por ele. Eu disse: 'Mãe, é esse instrumento que eu quero tocar'. Naquela época, eu tinha 8 anos", recorda.

Decidida, STER combinou as aulas de violino com o estudo de outros instrumentos, como o piano. No entanto, acabou se dedicando exclusivamente ao violino: "O violino é um instrumento desafiador e eu estava bastante concentrada em aprimorar minhas habilidades para seguir uma carreira. Assim, ao iniciar meu aprendizado no violino, deixei os outros instrumentos para trás."

Antes mesmo de aprender a tocar um instrumento, a jovem já estava profundamente envolvida no universo artístico e, sem se dar conta, tornou-se uma artista multifacetada. STER participou de corais e várias performances, e ao acompanhar sua mãe no trabalho, teve a oportunidade de fazer aulas de dança — que mais tarde se revelariam fundamentais para as coreografias de seus videoclipes.

"Não sei exatamente como isso aconteceu, mas sempre estive muito ligada a todas essas vertentes da arte, como dança, teatro e vídeo... Essa habilidade de filmar, de registrar momentos significativos, sabe? Desde pequena, aprendi sobre isso e agora, em minha carreira, consegui retomar essas antigas práticas," diz ela.

A trajetória de STER realmente ganhou impulso quando um dos seus vídeos se tornou viral no TikTok. "Era um vídeo que eu publicava constantemente, toda semana, e já estava frustrada por nunca alcançar um grande público", recorda. Com o êxito da gravação em que usa o violino para tocar funk, a artista teve a oportunidade de participar de programas de televisão, como o Encontro, da Globo, e passou a ser reconhecida como uma nova promessa da música brasileira.

No passado, STER considerava a ideia de se tornar violinista e viajar para o exterior para estudar música. No entanto, diante da recepção positiva de seu trabalho, ele resolveu focar em combinar o funk com a música clássica, demonstrando que esses dois estilos podem e devem ser apreciados juntos.

"Em seguida, participei do Encontro e tudo se desenrolou de maneira absolutamente maravilhosa, algo que eu realmente não previa. Senti uma imensa alegria. Foi uma confirmação de que tudo deveria acontecer e que eu chegaria ao lugar em que me encontro hoje", reflete.

Funk E Clássicos: A Mistura Perfeita

A artista descreve sua atuação como um intercâmbio entre os dois estilos musicais: por um lado, a música erudita contribui para desmistificar os preconceitos relacionados ao funk; por outro, o funk rejuvenesce e traz visibilidade à música clássica, que muitas vezes não é considerada uma alternativa pelos jovens.

"Com a minha música, desejo que as pessoas percebam que a música clássica não é algo ultrapassado. Ela não representa apenas o que foi. Podemos, sim, habitar um século onde tudo é mais ágil. Hoje em dia, as canções são apreciadas de modo diferente, mas isso não quer dizer que não possamos usufruir dos sons dos instrumentos", afirma.

A artista revela que, em suas obras, busca apresentar um pouco da música clássica, para que o público possa se familiarizar e se relacionar com esse gênero. "Simultaneamente, introduzo o funk para mostrar que não se trata apenas de barulho. O funk é um ritmo extremamente vigoroso e impactante", destaca.

"Assim como a música clássica, ela pode, de fato, nos unir e evocar emoções e sentimentos, pois é uma forma de arte musical. Aprecio juntar esses dois estilos, pois acredito que ambos são muito intensos e, quando combinados, se tornam ainda mais poderosos", destaca.

Celebrando a estreia das músicas "Anel" e "Encaixa", a STER provoca a curiosidade do público sobre seu novo álbum e o próximo single de Funk Erudito. "Estamos chegando ao fim do ano, mas estamos com tudo para que em 2025 possamos trazer muitas novidades. Não posso dar detalhes, mas quem esteve presente no Rock in Rio presenciou, pois fiz a apresentação dela pela primeira vez", esclarece.

No palco do Rock in Rio, a cantora apresentou faixas de seu novo álbum, prestou uma homenagem a Elza Soares ao interpretar o icônico tema "A Carne" e, de maneira sutil, também divulgou a terceira canção de seu projeto de sucesso.

"Posso afirmar que ela está maravilhosa e que há uma prévia no vídeo de Encaixa. Se você estiver curioso para saber de que música se trata, basta assistir ao clipe de Encaixa, pois no final revelo um grande spoiler sobre o que está por vir", conclui.

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