Em Vitória, Lorenzo Pazolini é reeleito com 55,49% dos votos válidos

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Vitoria

O prefeito em exercício Lorenzo Pazolini (Republicanos) continuará à frente da administração de Vitória por mais quatro anos. Ele foi escolhido com 56,22% dos votos válidos, superando o ex-prefeito João Coser (PT), que ficou em segundo lugar com 15,62% dos votos. Em cifras absolutas, o prefeito reeleito obteve 105.599 votos, enquanto Coser alcançou 29.339.

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Foto Valor Econômico

Pazolini esteve à frente desde o início da apuração, a qual validou as previsões das pesquisas de opinião que indicavam a vitória do atual prefeito já no primeiro turno. Com a confirmação do resultado, ele expressou sua gratidão aos eleitores pelos votos e pela confiança em uma mensagem compartilhada no Instagram. “Vitória, conseguimos, juntos, no primeiro turno! É uma emoção indescritível sentir todo esse carinho e apoio de cada um de vocês!”, declarou. O prefeito eleito enfatizou que “cada voto representa um passo significativo para seguirmos construindo uma cidade de paz e união”. Pazolini acrescentou que “a jornada continua”: “Vamos continuar cuidando da nossa cidade com ainda mais empenho e dedicação, pois Vitória merece o melhor”.

A vitória na capital do Espírito Santo ocorre após uma campanha em que o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), se distanciou das palcos eleitorais, mesmo seu partido fazendo parte da coligação que apoiava Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). O ex-prefeito da capital, Vellozo Lucas, finalizou a eleição em terceiro lugar, recebendo 23.397 votos, o que representa 12,46% do total de votos válidos.

A conquista de Pazolini o posiciona como um potencial candidato ao governo estadual nas eleições de 2026. Crítico de Casagrande, Pazolini, que possui 42 anos, atuou como delegado-chefe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Anteriormente auditor no Tribunal de Contas, ele se elegeu para a assembleia legislativa do Estado em 2018.

Em 2022, ele foi rotulado como apoiador de Bolsonaro por seus opositores, apesar de não ter se proposto como candidato do então presidente Jair Bolsonaro. Na corrida eleitoral deste ano, ele abordou questões relacionadas à violência e fez questão de conduzir seus discursos focados na segurança pública, propondo, entre outras coisas, a reativação da Guarda Municipal e a colaboração com as esferas estadual e federal.

Na capital do Estado que, em 2022, obteve 58,04% dos votos válidos para o ex-presidente Jair Bolsonaro no segundo turno, Pazolini destacou durante sua campanha a importância do retorno da Guarda Municipal, com ênfase na segurança pública. Ele reiterou que a Guarda está amplamente presente nas áreas mais problemáticas, além de implementar uma abordagem “científica” para a distribuição dos agentes nos locais apropriados.

Explorando ainda a perspectiva da segurança pública, ele descreveu iniciativas para retirar indivíduos das ruas e, em uma entrevista à TV Gazeta antes das eleições, mencionou que durante sua administração 1.395 pessoas foram abordadas e levadas à Polícia Civil, “ajudando a criar um ambiente mais saudável na cidade”.

Ele também fez uma forte defesa da educação, enfocando o projeto de ampliação das escolas de tempo integral. Nesse contexto, destacou que, durante sua administração, o município passou de quatro para 30 unidades de ensino integral e se comprometeu a aumentar esse número no próximo mandato. No que tange ao meio ambiente, anunciou a intenção de plantar uma árvore para cada morador de Vitória, utilizando drones para essa tarefa.

O desfecho da eleição foi um grande desapontamento para o candidato João Coser, que já havia sido prefeito da capital do Espírito Santo por duas vezes, de 2005 a 2012. Os 29.339 votos conquistados pelo petista representaram uma redução de pouco mais de 8 mil votos em comparação aos 37.373 votos que ele recebeu em 2020, quando disputou o segundo turno contra Pazolini.

Coser enfrentou uma intensa oposição e buscou, durante a campanha, destacar as realizações de suas gestões anteriores em Vitória. Ele declarou que a rejeição que enfrentava era direcionada ao seu partido e não a sua pessoa, além de minimizar a ausência do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua candidatura. Ontem, ele aceitou a derrota como um aspecto “normal do processo democrático”. “Rogo a Deus que ele consiga administrar de maneira eficaz para aqueles que mais necessitam, incorporando também as boas propostas que surgiram ao longo desta jornada”, comentou.

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