Eliminação do vôlei masculino teve choro, anúncio de fim de ciclo e dúvida de Bernardinho

6 Agosto 2024
Volei Masculino

Cobertura esportiva dos Jogos Olímpicos.

Brasil Cai Antes Da Semifinal, Fato Inédito Desde Sydney 2000

Jogos Olímpicos de Paris em 2024 - Partida de Vôlei Masculino entre Brasil e Estados Unidos.

Volei Masculino - Figure 1
Foto Terra

A eliminação dos homens brasileiros na seleção de vôlei nas quartas de final dos Jogos de Paris foi marcante. Foi o desempenho mais fraco da equipe desde Sydney-2000. O ciclo não foi bom, com muitos altos e baixos, levando a uma mudança de comando a menos de seis meses antes da competição na capital francesa, com a volta de Bernardinho para liderar o time. Não houve tempo suficiente para planejar um novo trabalho.

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Depois da derrota para os Estados Unidos, havia um clima de desânimo. Darlan, considerado uma promessa para se destacar em Los Angeles-2028, passou em meio aos jornalistas chorando e se recusou a falar. Allan concedeu entrevista apenas para as emissoras de televisão e também não parou para conversar com os demais jornalistas. Ficou a cargo dos jogadores mais experientes, como Bruninho e Lucão, explicarem sobre a campanha ruim. Em quatro jogos, houve três derrotas. O Brasil só conseguiu vencer o Egito em Paris.

Ambos declararam que chegou ao término de uma etapa e comunicaram que não irão mais representar a seleção. O líder da equipe declarou que provavelmente foi sua última partida. "Houve uma falta de voleibol. Precisamos reconhecer isso", analisou.

É complicado, não é? Extremamente decepcionante. Mesmo sabendo que seria uma jornada difícil, sempre mantivemos a fé. Aqui dentro há uma enorme pressão, uma grande responsabilidade por tudo o que conquistamos ao longo de mais de duas décadas. Então, é doloroso lidar com uma derrota como essa, sabendo que lutamos, jogamos de igual para igual em diversos momentos contra grandes times, mas não foi o suficiente. As equipes estão à nossa frente atualmente, foi um dos piores ciclos que já vivenciei.

Lucão fez uma retrospectiva do tempo que dedicou à seleção, se colocou à disposição para ajudar como possível e fez um alerta para os mais novos: "Foram 19 anos sem descanso, oito anos sem poder comemorar o aniversário do meu filho, sem poder estar em casa. Uma nova geração está surgindo com força, com muita qualidade, que terá que batalhar muito, terá que trabalhar duro por causa do voleibol. Infelizmente, talvez eles tenham começado no vôlei em um momento de grande competitividade, mas vamos torcer muito por eles, acompanhar de perto e ajudá-los no que for necessário."

Ao contrário do que aconteceu na etapa inicial, Bernardinho não esquivou-se da mídia e compareceu para justificar a eliminação. O treinador assumiu a culpa pela derrota, deu a entender que continuará atuando com a seleção, porém não confirmou que será como técnico, embora tenha deixado escapar que o novo ciclo começaria “amanhã [hoje]”, em alusão à mudança de fase.

Tenho que ouvir a opinião das minhas filhas sobre se devo continuar como técnico. É minha vida, mas garanto que, mesmo que não esteja como o líder principal, estarei presente de alguma forma. Não pretendo me afastar e deixar de colaborar com os jogadores e com o novo ciclo que se inicia. É fundamental que trabalhemos com afinco.

"Eu preciso me acostumar com a nova geração, me tornar alguém melhor para eles. Não adianta gritar mais ou menos, eu tenho que ser mais eficaz", refletiu.

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