Washington Olivetto ficou sequestrado por mais de 50 dias em São Paulo | CNN Brasil

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Washington Olivetto

Washington Olivetto, uma das figuras mais icônicas da publicidade no Brasil, faleceu neste domingo (13), no Rio de Janeiro, aos 73 anos. A assessoria ainda não divulgou a causa do falecimento. Em 2001, Olivetto foi mantido em cativeiro por 53 dias em uma residência no Brooklin, localizado na Zona Sul de São Paulo.

O publicitário permaneceu todo o tempo isolado em um pequeno espaço, sem ter contato com ninguém, enquanto o som funcionava sem parar, uma estratégia pensada para perturbá-lo e tirá-lo do senso de tempo.

Enquanto estava em cativeiro, Olivetto elaborou o esboço do livro que lançaria posteriormente, intitulado “Corinthians, É Preto no Branco”, em colaboração com o jornalista, que também já faleceu, Nirlando Beirão. A concepção da obra teve início antes do sequestro, mas se desenvolveu nos momentos mais desafiadores que o publicitário enfrentou.

O sequestro foi orquestrado por integrantes de grupos de guerrilha revolucionários do Chile, que buscavam obter fundos para suas atividades. No final, o pagamento pelo resgate não ocorreu. O empresário só conseguiu fugir após alguns dos sequestradores deixarem o local ao perceberem que a polícia havia detido outros integrantes do grupo.

Enquanto estava detido, ele percebeu que se encontrava só na cela e começou a bater com os punhos na parede. A vizinha, que era estudante de medicina, ouviu os sons do publicitário através do estetoscópio e imediatamente acionou a polícia.

Quando foi resgatado, mesmo sem poder ver o que estava fora, o empresário declarou em entrevistas que estava ciente de que era dia 2 de fevereiro. Olivetto explicou que conseguiu sobreviver porque tinha um lugar, pessoas e razões para retornar.

Os agentes de segurança conduziram o publicitário diretamente para sua residência após o resgate. Olivetto solicitou a um dos policiais, que o identificou por ser torcedor do Corinthians, a oportunidade de passar em casa para se encontrar com a esposa antes de ser levado para prestar depoimento.

Um dos responsáveis pelo sequestro, o chileno Maurício Hernandez Norambuena, permaneceu detido no Brasil até ser enviado de volta ao Chile, em 2019.

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