Weg (WEGE3) tem alta anual de 20,4% no lucro do 3T; análise
A Weg (WEGE3) divulgou um lucro líquido de R$ 1,578 bilhão no terceiro trimestre de 2024, representando um crescimento de 20,4% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Após a divulgação do balanço, o Itaú BBA lançou um relatório analisando os resultados da companhia.
Os especialistas comentam que o desempenho da Weg foi alinhado com o que era previsto. A instituição ressalta que a receita cresceu 22% em comparação ao ano passado, e 14% quando considerada a aquisição da Regal Beloit. Segundo o BBA, ao desconsiderar as oscilações cambiais e os efeitos da Regal, o crescimento se mostrou estável.
Ademais, o documento indica que o mercado internacional apresentou um crescimento considerável, enquanto o mercado interno permaneceu estável.
Confira o que o Itaú BBA comenta sobre cada elemento do balanço da Weg:
Margens e EBITDA: A margem EBITDA apresentou uma leve queda, mesmo com a ampliação da margem bruta, que alcançou seu maior patamar histórico (+210 bps em relação ao ano anterior, +80 bps em comparação ao trimestre anterior), favorecida pela transmissão e distribuição (T&D) e um aprimoramento no mix de produtos. Contudo, houve um aumento de 130 bps ano a ano nos gastos relacionados a despesas comerciais, gerais e administrativas (SG&A), o que pressionou o EBITDA, principalmente em função dos custos de integração da Regal. A empresa acredita que poderá obter sinergias a partir disso, o que sugere uma tendência de melhora nas margens EBITDA.
Mercado Interno: Os desafios já conhecidos na geração solar distribuída e nas turbinas eólicas foram neutralizados pelo cenário favorável de transmissão e distribuição, resultante das entregas para projetos selecionados em leilões de transmissão.
Mercado Internacional: O mercado internacional se destacou, com a receita de GTD apresentando um crescimento de 55% em relação ao ano anterior (40% sem considerar a Regal), e a EEIE aumentando 40% YoY (22% excluindo Regal). Considerando a depreciação de 13% do real, a EEIE e o GTD teriam crescido 8% e 23% em relação ao ano anterior, respectivamente. O setor de GTD se beneficiou das entregas realizadas nos Estados Unidos, enquanto a EEIE mostrou uma demanda favorável por produtos de ciclo curto, especialmente nos segmentos de petróleo e gás, além do tratamento de água.
Desempenho Financeiro: O EBITDA somou R$ 2,2 bilhões, com uma margem de 22,6%, apresentando um crescimento de 1,1 ponto percentual em relação ao ano anterior, mas uma redução de 0,3 ponto percentual em comparação ao trimestre passado, influenciado pelo aumento nas despesas com SG&A. Por outro lado, a margem bruta alcançou um recorde de 34,5%, refletindo um sólido desempenho operacional, apesar da pressão exercida pelas despesas de transporte e pela integração da Regal.
Lucro Líquido e Indicadores de Desempenho: O lucro líquido alcançou R$ 1,6 bilhão, representando um crescimento de 20% em relação ao ano anterior e de 10% em comparação ao trimestre anterior, com uma alíquota de imposto de 20%. O ROIC registrou 37,1%, uma diminuição de 0,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 1,7 pontos percentuais em relação ao ano passado. O investimento em capital (capex) totalizou R$ 435 milhões no terceiro trimestre de 2024, mantendo-se em linha com os trimestres anteriores.
O Itaú BBA declara que, mesmo com certos incrementos nos custos, a WEGE3 apresenta projeções de crescimento consistentes, principalmente devido a expectativas favoráveis em relação às sinergias da fusão com a Regal e à manutenção de margens operacionais fortes.
A casa sugere uma recomendação de desempenho superior (compra) para os papéis da Weg (WEGE3), estabelecendo um preço-alvo de R$ 57.
Aproximadamente às 10h50 desta quarta-feira (30), a Weg registrava uma desvalorização de 5,30% no Ibovespa, sendo negociada a R$ 53,92.