A Globus quer ser a "XP dos seguros". E o cofundador da XP está apostando na ideia - NeoFeed

11 Junho 2024
XP

Ao adentrar no mercado em 2001, a XP gerou uma transformação estrutural no cenário dos investimentos. Através de uma extensa rede de consultores de investimentos colaboradores, substituindo os antigos agentes autônomos, a empresa revolucionou a abordagem dos brasileiros em relação ao uso de seus recursos financeiros.

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Com esse objetivo em mente, a Globus está buscando seguir os passos da XP e adentrar o mercado de seguros. Para alcançar esse objetivo, a companhia se uniu com alguns cofundadores da XP e recebeu um investimento de R$ 6,3 milhões para expandir seus recursos e estabelecer a ideia de se tornar a "XP dos seguros".

De acordo com Christian Wellisch, cofundador e CEO da Globus Seguros, essa fase recente consiste na renovação da empresa em termos tecnológicos, gerenciais e impulsionando o crescimento nos próximos anos. Como objetivo a ser alcançado, a empresa espera atingir um faturamento de R$ 120 milhões até o final de 2027.

Durante a rodada de investimentos, a Globus, uma corretora de seguros, foi avaliada em mais de R$ 100 milhões. A entrada da NVA Capital, que foi criada pelos ex-executivos da XP Investimentos, Marcelo Maisonnave, Pedro Engler e Eduardo Glitz, além de Victor Knewitz, cofundador da Zenvia, proporcionou um novo conjunto de acionistas para a Globus.

Wellisch e Jesse Teixeira, seu parceiro de negócios, se inspiraram na XP depois de experienciarem a operação interna da empresa. Criada em 2016, a Globus surgiu como uma divisão dedicada a clientes corporativos da XP Seguros, onde os dois trabalharam por quase três anos, após uma reformulação da área promovida pela XP.

Assim como a iniciativa de investimentos estabelecida em coautoria com Guilherme Benchimol, a Globus organizou um meio de distribuição para produtos de seguro fundamentado em escritórios de assessores financeiros, que antes eram chamados de agentes autônomos. A empresa de corretagem conta com mais de 1.000 clientes no ramo corporativo e aproximadamente 8.000 clientes individuais, além de colaborar com mais de 50 seguradoras, como a Amil, o Bradesco e a Porto.

Na atualidade, a Globus dispõe de mais de trezentas sedes desses especialistas, ligados às principais interfaces de investimento. Alguma parcela dos recursos arrecadados serão destinados a fortalecer o suporte a essas sedes - objetivando duplicar o número de parceiros nessa linha de distribuição nos próximos vinte e quatro meses.

Wellisch afirma que estabelecemos o nosso canal convencional de B2C em seguros, o qual visa captar clientes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Além disso, criamos o canal de B2B, aproveitando a relação que construímos com as assessorias durante o nosso tempo na XP, mantendo os contratos e acordos estabelecidos com os nossos parceiros, o que se tornou crucial para o sucesso do nosso negócio.

A Globus planeja investir em ampliar o Partners, uma plataforma white label que dá a oportunidade para empresas que atuam em áreas como finanças, advocacia e empréstimos estabelecerem suas próprias corretoras de seguros.

Nesta estratégia, a empresa se torna parceira das "minicorretoras" com uma participação de 30% a 40%, sendo que nove já estão em operação e outras dez em planejamento. Essa ideia foi inspirada no modelo utilizado pela XP e seus concorrentes com os assessores de investimentos, onde eles se tornam pequenas corretoras autônomas.

A empresa realizou a sua segunda campanha de angariação de fundos. No ano de 2021, a Globus conseguiu reunir R$ 3,8 milhões provenientes de pequenos investidores por intermédio da plataforma de investimento em acções, Beegin, com uma avaliação de R$ 37 milhões. Anteriormente, a empresa contou com a colaboração de Donato Ramos, responsável pela Solum Capital e integrante do Grupo Solum, que também é proprietária da Beegin.

Graças aos recursos provenientes desta nova fase, a corretora terá a oportunidade de expandir ainda mais seu faturamento, prevendo um aumento superior a 50% em 2024, alcançando a cifra de R$ 29 milhões. Além disso, terá a capacidade de emitir prêmios que ultrapassam os R$ 350 milhões, o que significa uma expansão de 61,3%. Por fim, estima-se que a corretora acumulará a marca de R$ 120 milhões ao final de 2027.

Além de investir recursos, a rodada também resultou na criação de um conselho consultivo, que auxiliará a empresa Globus em seus próximos movimentos de expansão, fornecendo consultoria interna, propondo novas ideias e promovendo debates sobre a visão de negócios, e ainda trabalhando em questões como governança, controles e gestão.

A equipe de consultores será formada por quatro indivíduos distintos: Glitz, representante da NVA Capital; Marcelo Homburger, que já ocupou o cargo de CEO da AON no Brasil; Donato Ramos; e Marcus Vinicius Freire, um medalhista olímpico, ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e criador da play9 - uma das empresas mais importantes da área de mediatech do país.

Por sua vez, Knewitz participará do comitê de tecnologia da empresa, colaborando com o aprimoramento da jornada dos parceiros e clientes.

Wellisch menciona que é primordial ter indivíduos externos para que possamos romper nossa zona de comodismo, sendo instigados a alcançar o ápice, contribuindo para o próximo nível de evolução. O conhecimento que eles trazem consigo é vital para seguirmos em frente.

de investimentos liderada pelo Softbank para a empresa startup, que desenvolve plataforma de comunicação e atendimento ao cliente. Victor Knewitz, um dos fundadores da Zenvia, também esteve presente durante o processo de arrecadação de fundos liderado pelo Softbank. Essa startup é responsável pela criação de uma plataforma que oferece comunicação e suporte aos clientes.

Uma corretora deseja aumentar em duas vezes o número de parceiros assessores de investimentos.

A obtenção de recursos financeiros também resultou na criação de um conselho consultivo na empresa Globus.

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