X cria perfil dedicado a divulgar decisões sigilosas de Moraes | Blogs | CNN Brasil
A plataforma "X" desenvolveu um perfil exclusivo para compartilhar alegadas decisões confidenciais feitas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A CNN conseguiu acessar o perfil da plataforma X através de uma rede que ainda não foi impactada pela restrição imposta por Alexandre de Moraes.
O proprietário do "X", Elon Musk, criou a página como resposta à decisão de Moraes de suspender imediatamente a rede social no Brasil, devido a diversas violações de ordens judiciais.
"Atualmente, iniciamos o processo de revelar os maus tratos realizados por Alexandre de Moraes em relação à legislação brasileira", é o comunicado inicial do perfil "Alexandre Files".
Estamos divulgando essas determinações devido à falta de transparência por parte do tribunal, e as pessoas que estão sendo interditadas não têm recursos para questionar essas sentenças.
O texto menciona a suspensão do X no Brasil e continua: "A justiça oculta não é justiça. Agora, afirmamos que é necessário alterar isso". A conta conquistou 35 mil seguidores em apenas uma hora.
Na página é exibido um documento eletrônico que alega ser um mandado, datado de 8 de agosto deste ano, solicitando o bloqueio de perfis de apoiadores do presidente Bolsonaro em até duas horas. O documento também exige que a monetização dos perfis em questão seja suspensa, sujeita a uma multa diária de R$ 50 mil.
Na relação de pessoas presentes estão o senador Marcos do Val, do partido Podemos-ES, e a advogada Paola Daniel, esposa do ex-deputado Daniel Silveira.
Conforme mencionado no texto, Moraes também teria ordenado a suspensão do sigilo, conexões e informações online, bem como a entrega dos registros de cadastro e endereço IP entre os meses de abril e julho de 2024.
Os blogueiros Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio também estão mencionados como vítimas de violação de privacidade digital entre 1º de março e 7 de agosto.
A emissora CNN entrou em contato com o Supremo Tribunal Federal (STF) em busca de um posicionamento do ministro Moraes e também levantou dúvidas sobre a veracidade do documento. Até o momento, no entanto, não obteve resposta.
