Brasil conquista 1ª medalha olímpica na marcha atlética com prata de Caio Bonfim
Neste dia primeiro de julho, o Brasil garantiu sua primeira conquista olímpica na modalidade de marcha atlética com a medalha de prata conquistada por Caio Bonfim na competição de 20 km nos Jogos de Paris, sendo esta a quarta participação do atleta no evento.
O atleta do Brasil completou a prova em 1 hora, 19 minutos e 9 segundos, ficando em segundo lugar, atrás do equatoriano Brian Daniel Pintado, que foi o campeão com 1 minuto, 18 segundos e 55 centésimos. O terceiro lugar ficou com o espanhol Álvaro Martín.
"Não importa a cor da medalha no Brasil na marcha atlética. Ao cruzar a linha de chegada no Rio, questionei se teria outra chance de competir nos Jogos. Fiquei muito orgulhoso do quarto lugar que conquistei. Isso me abriu muitas oportunidades", disse Bonfim, de 33 anos, de acordo com um comunicado do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Na terceira posição nos Campeonatos Mundiais de 2017 e 2023, Bonfim afirmou ter sofrido durante anos com comentários machistas enquanto se preparava nas ruas de Sobradinho, no Distrito Federal.
"Na cidade onde moro, costumo dizer que antes das Olimpíadas do Rio em 2016 eu era criticado quando praticava marcha. Mas após esse evento, tudo mudou. As pessoas passaram a incentivar, com buzinas seguidas de palavras de apoio, como 'vamos, campeão'. Lembro bem do dia em que meu pai me convidou para marchar pela primeira vez, fui bastante criticado naquele dia. Ser marchador era algo muito desafiador", disse ele, cujos pais também são praticantes desse esporte.
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Caio Bonfim estreou nos Jogos Olímpicos em Londres 2012, terminando em 39º lugar. Já na edição do Rio 2016, conquistou o quarto lugar e em Tóquio alcançou a colocação de número 13.
"Não consigo explicar para vocês a importância disso tudo. Não estou habituado a ser chamado de medalhista olímpico. Sempre foi um sonho. É um momento único que simboliza todos esses anos. Os Jogos Olímpicos não representam apenas um ciclo esportivo. Eles representam toda uma existência", afirmou o atleta brasileiro.