Conselho Federal da OAB terá mulher trans na presidência de ...
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Amanda Baliza é a nova presidente da Comissão Nacional de Diversidade Sexual e de Gênero. Foto: Divulgação
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Pela primeira vez, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) terá uma advogada trans no comando de uma comissão nacional da entidade. Amanda Souto Baliza, que é conselheira seccional da OAB Goiás, foi empossada pelo presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, na última quarta-feira (5), na presidência da Comissão Nacional de Diversidade Sexual e de Gênero.
“Fico muito feliz com a nomeação e pretendo trabalhar muito em prol da advocacia nacional e da sociedade brasileira. A OAB tem como finalidades, por força de seu estatuto (art. 44, I), a defesa dos direitos humanos e da Justiça Social, trabalharei sempre com isso em mente”, disse Amanda ao Congresso em Foco.
Amanda aponta como prioridade a edição de um provimento de diversidade, documento que visa regulamentar e atualizar questões referentes à advocacia de pessoas LGBTQIA+. “O primeiro projeto a ser apresentado é a proposta de Provimento da Diversidade, um texto que visa regulamentar e atualizar questões relativas à advocacia de pessoas LGBTI+, em especial da população trans, para evitar que passem por constrangimentos no exercício da profissão”, afirmou.
Aos 32 anos, Amanda foi a primeira mulher trans a retificar seus documentos na seccional da OAB em Goiás, em 2020. Em junho de 2021 foi a primeira pessoa trans do país a assumir a presidência de uma comissão da OAB. Em novembro daquele ano foi a primeira pessoa trans do país a ser eleita para o Conselho Seccional do Sistema OAB.
Em abril de 2022 foi a primeira pessoa trans do país nomeada para compor a diretoria de uma comissão do Conselho Federal da OAB, como vice-presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero.
Como advogada da Aliança Nacional LGBTI+, Amanda é autora da ação que cobra indenização do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) R$ 5 milhões por danos morais, além da suspensão de suas contas nas redes sociais, bem como a exclusão dos selos de verificação de seus perfis na internet. O deputado é acusado de transfobia e de ter propagado discurso de ódio contra pessoas trans durante o discurso feito no plenário da Câmara, em 8 de abril, no qual se fantasiou com uma peruca e se apresentou como “deputada Nikole” para dizer que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”. (Por Edson Sardinha)
Autoria
Sylvio Costa Fundador do Congresso em Foco. Mestre em Comunicações pela Universidade de Westminster, na Inglaterra. Trabalhou como jornalista em veículos como Folha, IstoÉ, Correio Braziliense, Zero Hora e Gazeta Mercantil, entre outros, exercendo as funções de repórter, editor e chefe de reportagem. Ganhou 12 prêmios de jornalismo.
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